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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Deus está de braços abertos para perdoar e restaurar o pecador

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Queridos irmãos e irmãs, pelo Batismo em Cristo!

A liturgia nos abraça com a misericórdia de Deus. Deus está sempre à nossa procura e quer que voltemos para Ele arrependidos de nossos pecados e querendo viver uma vida na graça de Deus.

No Livro do Êxodo, nos é mostrada a MISERICÓRDIA de Deus para com o Povo infiel. Deus havia manifestado para ele com muitos favores no evento da libertação do Povo no Egito por Moisés e, mesmo assim, ele rompe com Deus, quebrando a aliança com Deus e adora o Bezerro de ouro como Deus. Isto é que idolatria. Aquele Bezerro de ouro não é Deus, e nem o sinal que leva a Deus como a Arca que continha a Lei de Deus cercada por Serafins e nem a serpente de bronze levantada por Moisés no deserto, livrando-os da morte da picada das cobras.

Nesse episódio, Deus queria castigar o Povo rebelde, mas, com a intercessão de Moisés, Deus desiste de castigar aquele Povo (Ex 32, 7-11.13-14). O BEZERRO DE OURO não pretende ser um novo deus, mas uma "imagem" de Javé, o que era proibido, para salvar a transcendência de Javé e evitar os símbolos e imagens dos cultos pagãos que poderiam trazer confusão e esquecimento do Deus que estava presente na libertação deles sem precisar da imagem.

Hoje nós sabemos que Deus está na nossa história, mesmo que os poderosos estejam na contramão de Deus, formulando leis anti-vida e se fazendo como salvadores da Pátria. Deus não esquece dos pobres, dos inocentes indefesos, dos idosos e doentes que são marginalizados, excluídos e assassinados pela ganância de alguns que querem ter tudo.

São PAULO fala à comunidade que está em Timóteo, e também a nós, da MISERICÓRDIA de Deus para com ele: lembra da época do perseguidor violento da Igreja, pois não conhecia Jesus Cristo. Mas, pela graça e misericórdia de Deus, tornou-se um Apóstolo que o liberta da cegueira que impedia de ver que Jesus é Deus e Salvador da humanidade. E hoje manifesta toda a sua alegria e gratidão pelo que a graça e a misericórdia de Deus fizeram nele, tornando-o apóstolo dos gentios e foi o maior missionário sem carro, sem televisão e sim pelo testemunho firme que Jesus é o Messias e libertador do nosso pecado (1 Tm 1, 12-17).

No Evangelho de Lucas, Jesus fala da MISERICÓRDIA de Deus para com os Pecadores (Lc 15, 1-32). Os fariseus criticam Jesus porque Ele "acolhe gente de má fama e come com eles...". Então Jesus responde com as três parábolas da misericórdia: A Ovelha perdida; A Moeda perdida; O Filho pródigo (perdido).

Estes acontecimentos, quando encontrados, trazem uma grande alegria para eles, e isto os faz a darem festas e a partilhar com as pessoas a felicidade de reaver o que estava perdido. Assim Jesus mostra que Deus se alegra infinitamente quando um pecador se arrepende e volta para a casa paterna, onde há felicidade eterna, pois Deus é fiel nas suas promessas e quer dar vida abundante a todos. O nosso Deus não é o que tira a vida dos fracos e indefesos. Ele deixa uma lei natural em que o homem deve obedecer, pois isso traz justiça e paz a todos.

Devemos evitar a hipocrisia de acharmos que somos melhores e que os pecadores, pobres, doentes e idosos sem recursos não podem ficar perto de nós. Queridos irmãos e irmãs, renovemos a nossa fé em Cristo que nos dá a libertação que nos salva e nos faz filhos de Deus e herdeiros do céu, pois Deus está de braços abertos para nos acolher sempre.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 08 de setembro de 2010

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