ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Corpo de Cristo, o alimento que dá vida eterna

A Igreja celebra nesta quinta-feira (07/06) a Festa de Corpus Christi ou Corpus Domini. O Sangue e o Corpo de Cristo que selou para sempre a nova aliança e nos faz compreender o Sacrifício Salvífico de Cristo. Um Deus que se deixa morrer para dar vida a todos. Ele ressuscita e ainda nos dá um presente salutar que é o seu próprio corpo e sangue como comida e bebida que nos habilita para o céu. Como o próprio Jesus nos fala, quem come o meu corpo e bebe o meu sangue tem a vida eterna.

A liturgia bíblica nos faz vivenciar a Eucaristia, o sacramento da Nova e Eterna Aliança. Agora a Antiga Aliança dá lugar para a nova em Cristo, em cada missa que participamos e celebramos.

No Livro do Êxodo, vemos o Povo de Deus selando a aliança com Ele, com o sangue aspergido do sacrifício feito para celebrar a saída do Egito, da aliança que Deus faz com ele, a entrega da Lei e a Palavra de Deus que o exorta para serem fieis, pois Deus é fiel. Há aqui a comunhão do Povo com Deus, o altar é sinal que Deus está com seu povo através do sangue derramado Nele e aspergido sobre o povo. 

Os dez mandamentos são leis da vida de família, de propriedade e respeito que vão ser importantes para a comunidade e a harmonia do Povo. Embora esse povo fosse desobediente, Deus nunca volta atrás e faz uma aliança para sempre conosco em Cristo. Cabe a cada um de nós aderirmos plenamente a Deus e não praticar nada que destrua a vida e a dos outros (cf. Ex 24, 3-8).
 
Na Carta aos Hebreus, nós somos exortados para a Verdade Absoluta no sangue derramado de Jesus na cruz que marcou e selou para sempre a aliança conosco. Deus faz um pacto com a humanidade e a quer renovar todas as suas dimensões. Por isso não podemos ficar presos às coisas mundanas, que nos atrapalham a ter comunhão com Deus.

Não podemos jamais sair do bem para viver o mal que nos escraviza e nos deixa só e sem liberdade. A Eucaristia é o sacrifício de Cristo, sempre renovado para a salvação da humanidade (cf. Hb 9, 11-15).

O Evangelho apresenta as características essenciais do Sacrifício de Cristo. Jesus se entrega por todos e atualiza para sempre aliança de Deus com a humanidade. O seu sangue vitaliza a Igreja e a faz resplandecer no amor de Cristo por nós. Somos salvos em Cristo. O amor de Jesus se faz presente no Pão que alimenta e nos regenera para a vida eterna.

O cristianismo se faz na solidariedade, no amor-doação e no perdão. A partilha e a generosidade são consequência da nossa participação na Eucaristia. Jesus nos quer comprometido com a sua Igreja que transforma a realidade de morte para realidade de vida.

Em uma sociedade materialista e individualista, isso entra em confronto com a Eucaristia, que é o sacramento do amor total de um Deus que não se isola, mas se torna presente em cada um, que constrói uma sociedade justa, de irmãos e irmãs. 

 
Somos a Igreja do pão repartido e de uma mesa que todos podem chegar e cear, pois Jesus é aberto a todos (cf. Mc 14, 12-16.22-26).

Seguir Jesus é se comprometer com os mais necessitados, os doentes, os presos, os pobres, os desempregados, os que são marginalizados e que carecem do amor e da fraternidade que a Eucaristia traz a cada um de nós. Como disse o nosso santo padre, o papa Bento XVI, ano passado, em Roma, capital italiana e sede do Vaticano.

“Quem reconhece Jesus na Hóstia Santa reconhece-o no irmão que sofre, que tem fome e sede, que é forasteiro, nu, doente, encarcerado; e está atento a cada pessoa, compromete-se, de modo concreto, com todos aqueles que estão em necessidade. Do dom de amor de Cristo provém, portanto, a nossa especial responsabilidade de cristãos na construção de uma sociedade solidária, justa, fraterna”

“Especialmente no nosso tempo, em que a globalização torna-nos sempre mais dependentes uns dos outros, o Cristianismo pode e deve fazer sim que essa unidade não se construa sem Deus, isto é, sem o verdadeiro Amor, o que daria espaço à confusão, ao individualismo, à opressão de todos contra todos”, comentou Bento XVI.

“O Evangelho procura sempre a unidade da família humana, uma unidade não imposta do alto, nem por interesses ideológicos ou econômicos, mas sim a partir do senso de responsabilidade de uns com relação aos outros, porque nos reconhecemos membros de um mesmo corpo, do corpo de Cristo, porque aprendemos e aprendemos constantemente do Sacramento do Altar que a partilha, o amor é o caminho da verdadeira justiça”, pregou o nosso santo padre.

Amém!!!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
07-06-2012


HISTÓRIA MEMORÁVEL

Vê-se, na foto acima, ao fundo, o arcebispo metropolitano de Montes Claros, dom José Alberto Moura em conversa com descendentes de quilombo do Brejo dos Crioulos de São João da Ponte, Varzelândia e Verdelândia, Norte de Minas Gerais. Dom José Alberto foi o primeiro (arce)bispo de MOC a visitar este quilombo em 19 de janeiro de 2008, véspera do Dia de São Sebastião. 

Após percorrer as terras das comunidades tradicionais, conversar e brincar com Dona Elizarda e Seu Papa (dois descendentes de quilombos respeitados, e falecidos recentemente), almoçar no local, presidir missa na capela de Santo Rei de Araruba (Terra de Santo), dom Alberto voltou à Montes Claros e foi presidir a missa do penúltimo dia da Festa do Padroeiro da Paróquia São Sebastião de Montes Claros daquele ano.

Ao Brejo, viajou a convite da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Arquidiocese. Estavam em um automóvel gol. Alvimar Ribeiro dos Santos foi o motorista. É agente da Pastoral da Terra. Já trabalhou como pedreiro e ainda exerce o ofício em horas precisas. Conta que foram necessários 500 pedreiros para construir o Edifício Cidade Montes Claros, no centro da cidade. 

Animadora das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na região, a assistente social Sônia Gomes de Oliveira também esteve presente nesse dia. 

Dom Alberto, na chegada à Paróquia Santo Antônio da Boa Vista de São João da Ponte, pediu para dar uma paradinha na casa paroquial para visitar o padre José Nonato dos Santos Alves, na época pároco dali. 

Nenhum comentário: