“Vós
ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo
e odiarás o teu inimigo!’ Eu, porém, vos digo: ‘Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!’ Assim,
vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o
sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos. Porque,
se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de
impostos não fazem a mesma coisa? E se saudais somente os vossos irmãos, que
fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? Portanto, sede
perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 43-48).
O
amor deve-se à nossa medida em relação a todos. Ninguém ficará excluído dele.
Nós recebemos tudo de Deus e estamos em comunhão com Cristo. Cada vez que
fazemos um gesto de amor aos nossos irmãos e irmãs, estamos fazendo a vontade
Dele, que tudo pode na nossa vida. Somos habilitados para fazer o bem porque
recebemos a graça de Cristo no Batismo com a efusão do Espírito Santo. A Igreja
deve ser esse sinal de amor gratuito a todos. A partilha, o amor, a
solidariedade e o perdão devem estar impregnados no nosso ser Cristão. Cada vez
que acolhemos Jesus na nossa vida, nós conseguimos prosseguir na escala de santidade
e fazemos a diferença neste mundo, sendo sinal de Deus para que outros
convertam e sigam os passos e os ensinamentos de Jesus,
que é o caminho, a verdade e a vida que nos leva para o céu.
Segue o
comentário ao Evangelho do dia feito pela Bem-Aventurada Teresa de Calcutá
(1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade (No Greater Love, p. 50)
“Sede santos porque Eu sou santo” (Lv 19, 2)
Todos sabemos
que há um Deus que nos ama e que nos fez. Podemos voltar-nos para Ele e
pedir-Lhe: “Meu Pai, ajuda-me agora. Quero
ser santo, quero ser bom, quero amar”. A santidade não é um luxo destinado
a uma elite; ela não está reservada só a alguns. Estamos destinados a ela, tu,
eu e toda a gente. É uma tarefa simples porque, se aprendermos a amar,
aprendemos a ser santos.
A primeira
etapa é querê-lo. Jesus quer que nós sejamos santos como o Seu Pai é santo. A
minha santidade consiste no cumprimento da vontade de Deus na alegria. Dizer: “Quero
ser santo” significa “Vou despojar-me de tudo o que não é Deus. Vou despojar-me
e esvaziar o meu coração de todas as coisas materiais. Vou renunciar à minha
vontade, aos meus gostos, às minhas fantasias, à minha inconstância;
tornar-me-ei um escravo generoso da vontade de Deus. Com toda a minha vontade,
vou amar Deus, vou escolher em Seu favor, vou correr para Ele, vou chegar até
Ele e vou possuí-Lo”. Mas tudo depende destas palavrinhas: “Eu quero” ou “Eu
não quero”. Devo aplicar toda a minha energia nestas palavras: “Eu quero”.
Assim
a Palavra de Cristo nos exorta para o amor a todos, e nesta perspectiva, vamos
crescendo na santidade. Podemos então nos aproximar de Deus com uma roupa nova
da graça que nos santifica.
As
palavras da Beata Madre Tereza de Calcutá nos fazem pensar e refletir na
importância do amor incondicional a Jesus que nos leva a amar a todos: sair do
eu para outro que transforma a realidade de morte para a vida. Devemos querer
ser santos e, a partir daí, as coisas ruins em nós mudam para o bem que nos transforma
e nos faz ser santos.
Amém!
José Benedito
Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
19-06-2012
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