A
liturgia nos coloca dentro do mistério de salvação de Cristo e durante todo o
ano litúrgico. Nós temos momentos celebrativos da nossa história de salvação
pelo nosso Deus da vida. Nessa trajetória, comemoramos a memória de muitos
santos e mártires que deram razão da sua fé em Cristo numa vida de busca da
verdade e santidade.
A
Igreja celebra com muita alegria a Festa
de São Pedro e São Paulo que foram exemplos de fieis servidores de Cristo
com ardoroso serviço ao projeto libertador de Deus. Eles souberam testemunhar com
a vida a fé que tinham em Cristo. Oxalá, se todos nos dispusermos a seguir
Cristo, dando testemunho Dele com a nossa vida também.
Pedro,
para nós, é a rocha onde fundamenta a Igreja de Cristo, tornando-se pastor das
comunidades cristãs, e São Paulo foi o grande missionário que levou a Palavra
de Deus a todos os lugares que não conheciam o projeto salvífico de Deus em
Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Hoje as leituras bíblicas narram estas figuras
importantes da Igreja, pois são colunas de fé da nossa Igreja.
No
Livro dos Atos dos Apóstolos, encontramos Pedro que foi preso pelo rei Herodes
para agradar os judeus. Eles consideraram Pedro como alguém perigoso. Por isso
foi guardado na prisão e vigiado por homens. Mas Deus o liberta. Há oposição e
morte aos discípulos, mas não conseguem calar os seus testemunhos. A oração da
Igreja se solidariza com Pedro e ora pela sua libertação e, desse modo, Deus os
atende. Nós sabemos que, quando estamos unidos em oração, tudo pode acontecer
de bom pela força de nosso Deus que é sempre fiel a nós. Deus nunca nos deixa só
e acompanha a Igreja nesse peregrinar no mundo, mostrando a sua justiça, bondade
e misericórdia por todos nós (cf. At 12, 1-11).
São
Paulo, na Segunda Carta a Timóteo, se encontra preso e sabe que vai ser
condenado à morte. Então ele se lembra da sua vida dedicada ao Evangelho que
foi propagado em toda parte. Sabe que combateu o bom combate e foi digno dele,
pois não se acovardou em nenhum momento. A sua fé estava em Cristo e Nele a
conservou, sendo vitorioso. Ele reconheceu que Jesus estava sempre com ele e a
glória de Deus deve ser dada sempre com a vida coerente de fé.
Sabe
que a morte não é perda, mas ocasião de libertação definitiva para Deus. Devemos
espelhar nesse missionário que foi valente, soube ser ardoroso e entusiasta
pela causa de Cristo e do seu reino. O reino de Deus é para todos que aderirem
a Cristo, com coragem e fé, para trabalhar na difusão da boa notícia que Jesus
trouxe à humanidade. Somos salvos e libertos em Cristo, que é a razão da nossa
vida e da nossa fé (cf. 2 Tm 4, 6-8.17-18).
O
evangelista Mateus nos mostra a beleza da confissão de fé de Pedro em Cristo. Por
isso recebe o primado da Igreja. Cristo é centro da história, pois Ele é o
filho do Deus que tem para nós um grande presente que é a vida eterna para
todos. A Igreja é fundada na rocha da fé de Pedro. Isso nos dá firmeza, coragem
e testemunho para nós. A Igreja tem um guia seguro que está na profissão de fé
de Pedro.
Por
isso Jesus diz a ele: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”.
Dessa adesão de Pedro nasce a Igreja e que hoje tem na sua direção o nosso papa
Bento XVI. Ele dirige a Igreja com firmeza da doutrina e nos ensina na Palavra
de Deus que liberta, tendo o cuidado de uma mãe que zela com carinho todos os seus
filhos que querem estar com ela (cf. Mt 16, 13-19).
Queridos
irmãos e irmãs...
Nós
celebramos esta festa com muita alegria e gratidão a Deus, pois eles são
figuras que nos ensinam a sermos missionários de Cristo com coragem e
testemunho de vida.
Que
a liturgia nos ajude a sermos mais fieis a Deus e à Igreja, tornando-nos dóceis
e receptivos da mensagem de vida e fé que ela nos traz a cada dia da nossa vida
na participação viva na Igreja.
Viva
São Pedro e São Paulo!
Viva
o papa!
Amém!
José Benedito
Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
26-06-2012
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