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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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domingo, 10 de junho de 2012

A Nova Família de Jesus é espelho da sua Família de Nazaré


A liturgia nos coloca dentro do mistério salvífico de Cristo. Celebramos hoje o 10º Domingo do Tempo Comum, que é a oportunidade de conhecer Deus na história da humanidade. Deus está no meio de nós e a sua presença denuncia o Mal, que é ausência do Bem. O mal e a violência que nos deparamos no mundo de hoje não vêm de Deus, pois Deus é sempre bom. Então por que existe tanta crueldade no nosso meio?

A resposta é simples: porque há muita omissão e falta de amor mútuo entre as pessoas. Sabemos que o pecado é a causa de todos os males no mundo, pois ele nos afasta do bem e de Deus e faz com que pratiquemos o que é mal ao nosso redor, trazendo sofrimento e dor. Quando nos afastamos de Deus, entramos no círculo do egoísmo, da vaidade humana e das paixões desenfreadas que levam à violência e à decadência da pessoa humana.

No Livro do Gênesis é narrada a criação e é mostrado que Deus fez tudo de bom para que o homem e a mulher vivessem em harmonia consigo e com todo o universo criado. As coisas erradas e o mal não foram causados por Deus. Deus queria uma relação de comunhão e liberdade recíproca consigo e com todos.

Aí têm a figura da serpente que seduz a mulher para a desobediência e leva também o homem consigo. Essa desobediência foi dizer não à vida que produziu o fruto amargo da separação e desarmonia entre si e com tudo que existia. Assim, a morte entra e nos faz afastar de Deus. Por si, a pessoa humana não pode ir ao encontro de Deus, porque o pecado a fragiliza e a deixa fraca.

Então Deus é quem vai tomar a iniciativa de restaurar a comunhão que foi perdida pelo homem e pela mulher. Vai ser um caminho longo. Temos a esperança!!! A mulher vai esmagar a serpente, pois ela será a mulher corajosa que responde plenamente a Deus, permitindo que Deus entre na história da nossa salvação. O que foi desobediência que causou a morte agora vai trazer a obediência que vai trazer a vida eterna (cf. Gn 3, 9-15).

Na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios nos é mostrado Paulo falando à comunidade de Corinto que se coloca ao serviço do Reino com os dons partilhados e não omite de expor os motivos do sofrimento com paciência, pois a sua vida está na esperança da ressurreição gloriosa e na fé em Cristo no prêmio do céu.

Somos cidadãos do céu que caminham na terra, trabalhando pela causa do Bem e da Justiça de Deus entre nós. Deus nos dá uma morada que não é feita por mãos humanas, mas fruto da obediência de Cristo para nós. Sabemos em quem colocamos a nossa esperança e ela está em Cristo Vivo (cf. 2 Cor 4, 13-5,1).

O Evangelista Marcos fala da família e dá um elogio a ela, pois foi numa família que Jesus foi criado aprendeu a orar, a escrever, a trabalhar e a obedecer também a Deus. O episódio da família, chamando Jesus para levá-Lo, mas Ele não vai e ainda exorta a todos que a sua família é aquela que ouve a Palavra de Deus e a prática na obediência.

Agora não é apenas a família Dele. Quando Ele faz esta consideração, estava confirmando o que Ele aprendeu no convívio da sua Família de Nazaré. Então, meus irmãos e minhas irmãs, é na família que somos catequisados e aprendemos os valores humanos, sociais, cristãos e de cidadania.

Lá temos os primeiros educadores da nossa fé, que se aperfeiçoa no convívio da comunidade cristã que participamos. Jesus não provoca a divisão e é por isso que Ele nos une. Uma família dividida entre si é condenada à destruição (cf. Mc 3, 20-35).

Jesus nos ensina que a família cresce na obediência à vontade de Deus. Hoje somos a Família de Jesus porque fazemos parte da Igreja que é mãe e mestra. Aqui temos o convívio de todos ao redor da mesa da Palavra e da Eucaristia que nos anima na construção do Reino. Somos tijolos vivos que faz a Igreja resplandecer como esposa fiel de Cristo. Que cada um de nós saia desta liturgia convicto de que somos parte da Família de Nazaré que ouve a voz de Deus pela Igreja de Cristo, guiada por Pedro, que hoje é o nosso papa Bento XVI, e quer vivenciar, na vida de família, de sociedade e de comunidade, os valores cristãos que trazem libertação e vida em abundância para todos.

Amém!

José Benedito Schumann Cunha
Bacharel em Teologia
09-06-2012


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