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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Perdoar é recordar com amor


Uma das definições sobre o perdão que mais aprecio é a que li “pixada’ em um muro, aliás lastimo tê-la lido nestas condições, que diz: “Perdoar é recordar com amor!”. Em complemento, há outra que diz que quando a pessoa não perdoa e escolhe odiar, toma um veneno mortal e fica esperando que faça efeito no outro.

Perdoar não é esquecer o mal recebido, mas ficar livre internamente do inimigo, dispensando o ódio e escolhendo a benevolência. Trata-se de preferir ficar livre do mal recebido e vivenciar a paz em nosso coração. Claro que isto não é fácil. Por isso o reconhecemos como um ato heroico e exigente, mas é possível e salutar.

O perdão, como uma escolha heroica e livre, difere dos sentimentos sobre os quais não temos liberdade de escolha, pois surgem espontaneamente em nossos corações. Nossa área de liberdade, quando falamos em sentimentos, refere-se à escolha que podemos fazer entre várias possibilidades. Por exemplo, podemos não nos simpatizar com uma pessoa, não gostar dela, mas podemos escolher ser justos com ela, ou não; podemos lhe desprezar, ou não.


O perdão é transcendente! É natural que a pessoa rejeite o mal e seus danos causados por algum inimigo. Não tem porque se gostar disto, mas, se ela escolhe o caminho do ódio e da vingança, acrescentará mais sofrimento à tirania recebida e se embriagará do veneno da mágoa - “má - água”. Escolher trilhar por aqui fará com que, inevitavelmente, caia na prisão, no imenso peso de “carregar” dentro de si o seu algoz! Internamente entrará no círculo vicioso, maligno e sem saída de atualizar e reatualizar incessantemente a crueldade recebida.

Fará a experiência de viver o inferno, aqui mesmo na Terra, o do ressentimento (? re + sentir). Sentirá a dor novamente e novamente até não acabar mais: o famoso “beco sem saída!”. Agora raciocine comigo: tudo isto não será gerador de doenças psicossomáticas? É claro que sim! Não há resistência humana que suporte tanto sofrimento. Jesus que é a própria Sabedoria, conhecendo o caminho que desemboca nas trevas, nos orienta a desviarmo-nos radicalmente deste e percorrer o caminho do perdão, com Sua ajuda. É como se Ele sussurrasse ternamente aos nossos ouvidos: “Fiquem livres de vossos inimigos. Perdoem! Entreguem-nos para Mim!”.

Confira esta verdade na Bíblia, mencionadas várias vezes, como por exemplo, em Pv 20, 22 e Dt 32, 35. Compete a nós, para nosso próprio bem: amar e a Deus: tomar conta daqueles que nos odeiam e nos fazem mal! Ufa! Pensemos e experimentemos o alívio das toneladas retiradas de nossas costas se confiarmos neste Poder do Amor que Deus tem por nós e... por nossos inimigos; dos quais também espera a conversão!

“Não acreditemos no ódio”, nos diz Santa Rita de Cássia.

“Acreditemos no amor”, 1 Jo 4, 16

Saúde e paz para todos.


Conceição Valente é psicóloga, graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto/SP. É especialista em Logoterapia

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