O Sindicato dos
Jornalistas Profissionais de Minas Gerais vem a público repudiar a agressão
física e verbal da procuradora jurídica da Câmara Municipal de Uberlândia,
Alice Ribeiro de Souza, ao repórter e apresentador Ricardo Martins e ao
repórter cinematográfico Rodrigo Fernandes, durante entrevista à imprensa nesta
quarta-feira (20/12). Trata-se de mais uma violência contra jornalistas que não
pode ser aceita.
O repórter
entrevistava a procuradora sobre o reajuste de R$ 3 mil autoconcedido pelos
vereadores em sessão do dia 14 passado. O aumento provocou indignação num
momento em que todos os trabalhadores sofrem perdas de direitos. Os servidores
da Câmara de Uberlândia não tiveram reajuste, passaram todo o ano com salários
atrasados e ainda têm salários de 2016 para receber.
Mesmo assim, os
vereadores aumentaram seus vencimentos de R$ 15.031,62 para R$ 18.007,88, um
reajuste de 19,8%. O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Uberlândia, João
Ecyr da Mota, suspendeu liminarmente o reajuste.
Em entrevista, a
procuradora defendeu a legalidade do reajuste. O repórter lhe perguntou se,
mesmo que fosse legal, o reajuste não seria imoral. A resposta da procuradora
veio numa série de agressões que ficaram registradas no vídeo do cinegrafista.
A procuradora
chamou o repórter de “capcioso”, avançou sobre ele, arrancou-lhe o microfone
das mãos e atirou-o na mesa, fazendo ameaças de dedo em riste e encerrando a
entrevista.
O Sindicato
repudia essa tentativa de impedir o trabalho profissional dos jornalistas e o
direito da sociedade à informação e tomará as providências cabíveis.
Esse comportamento
não condiz com o cargo público ocupado pela procuradora e precisa ser punido.
O Sindicato vai
denunciar o fato ao Ministério Público do Trabalho, ao Ministério do Trabalho e
pedir que a conduta da procuradora seja apurada pela Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB-MG).
SINDICATO DOS
JORNALISTAS PROFISSIONAIS DE MINAS GERAIS
Alessandra Cezar Mello - presidenta
Solange Maria Siqueira de Barros - diretora no
Triângulo Mineiro
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