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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cristo e seus seguidores

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A cada celebração, reunimo-nos como cristãos porque somos seguidores de Cristo. A liturgia nos ajuda saber quem é Cristo e optar por Ele, sendo solidários com os outros irmãos. Nós temos vida em Cristo. No Livro de Zacarias, é apresentado um homem justo e inocente “transpassado”. Isto nos desperta para uma atitude de conversão e volta para Deus. A morte de um justo é fonte de vida. Cada um que morre por causa da justiça e do amor são estrelas brilhantes no Reino de Deus. João identificou esse misterioso personagem com Jesus (Cf. Zc 12, 10-11; 13, 1).

Na Carta de São Paulo aos Gálatas nos é apresentada uma afirmação que, pelo Batismo, somos novas criaturas revestidas de Cristo. A vida velha do pecado, do egoísmo e da escravidão do pecado não pode mais imperar em nós. Somos chamados a ser filhos de Deus em uma vida de comunhão com Deus e com os irmãos. A lei que vai imperar em nós é o amor (Cf. Gl 3, 26-29).

O Evangelista Lucas nos exorta para seguir o Cristo, o verdadeiro Messias, e há uma proposta de seguir Jesus. Todos são convidados. Jesus questiona os apóstolos sobre Ele. Primeiro, Ele quer saber sobre o que os outros pensam d’Ele e depois vai direto aos apóstolos com esta pergunta: quem sou eu para vocês?

Jesus é Mestre e Senhor. Para segui-Lo, é preciso renunciar a si mesmo e tomar a cruz. Esta condição é importante para a missão. Não podemos ficar apegados a coisas ou a mesmices do mundo que, muitas vezes, não trazem felicidade plena. Para ser de Cristo é preciso coragem de dizer sim para a vida, defender os valores da vida, ser porta voz da justiça, da liberdade, do amor e da solidariedade aos mais necessitados (Cf. Lc 9, 18-24).

Somos seguidores de Cristo não porque Ele fez milagres e prodígios, mas porque Ele é Deus que salva o homem da escravidão do pecado que traz morte e não vida. Pedro é corajoso e nos mostra um testemunho de peso dizendo que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. Esta verdade é traduzida na vida de Cristo como Servo Sofredor, predito em Isaías. Jesus assume a cruz de cada um de nós e aceita levá-la até a sua última conseqüência, que é a morte na cruz que dá vida para todos.

Se queremos segui-Lo, devemos fazer o mesmo. Se for preciso, também pegar a cruz da missão que pode ser a morte para que outros tenham vida. Aprendemos, na comunidade, a ser luz, a ser semente de esperança e de vida partilhada no bem comum com todos. Assim, somos verdadeiros cristãos que fazem a diferença no mundo. Que a realidade de morte se transforme em vida nova para nós e para todos. Amém!

“Dicebat autem ad omnes: ‘Si quis vult post me venire, abneget semetipsum et tollat crucem suam cotidie et sequatur me’.” ( Lc 9, 23)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 16 de junho de 2010

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