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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Deus se solidariza com a vida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Em cada liturgia que participamos e celebramos, somos chamados a ser testemunha e ter a experiência do Deus da Vida. No 1º Livro dos Reis, é narrada a morte do único filho da viúva de Serepta, na casa onde o Profeta Elias se hospedava. A mulher, angustiada, acha-se culpada pela morte do seu filho. Mas o Profeta Elias tem outra visão daquela morte e recorre ao Deus da Vida.

Esse recupera a criança do vale da morte. Se prestarmos atenção nesse episódio da morte do filho da viúva de Serepta, percebemos duas atitudes diferentes: a mulher perde a esperança e quer encontrar um culpado, mas Elias confia no Deus da Vida e que sabe que Ele não abandona o homem no vale da morte (Cf. 1Rs 17, 17-24).

São Paulo, na Carta aos Gálatas, mostra-nos a sua defesa das acusações recebidas. A sua missão de evangelizar não foi aprendizado pelas ciências humanas, mas por revelação do próprio Cristo, Senhor e Salvador da Humanidade (Cf. Gl 1, 11-19). O Evangelista Lucas nos mostra os dois cortejos: um que levava o filho morto da viúva de Naim, e o outro que tem a presença de Jesus, Senhor da Vida e da História.

Quando não encontramos Jesus, somos pessoas vivas que têm atitudes de morte, mas quando deixamos Cristo fazer morada em nós, algo diferente ocorre, porque vamos ter vida. Jesus se compadece daquela viúva quando se depara no cortejo fúnebre. Diz a mulher: “Não chores mais”. E para o filho morto diz: “Levanta-te”.

O pranto dá o lugar para a vida. Quando Deus está presente em nossa vida, tudo é alegria e o povo glorifica Deus por tudo. Jesus se solidariza com a humanidade (Cf. Lc 7, 11-17). Somos confrontados com esta cena todos os dias da nossa existência. A morte que dá um vazio e a vida que Deus dá sempre para nós. Quem crê em Jesus, não é abandonado na morte. Vamos ter vida eterna em Cristo na Ressurreição prometida por Ele a todos.

Como cristãos, somos convidados a nos solidarizar com os doentes, com os pobres. É uma ajuda muita importante que alivia os sofrimentos dos outros. Assim podemos dizer sempre como o povo daquele tempo que exclama: "Um grande profeta surgiu em nosso meio e Deus visitou o seu povo".

“Accepit autem omnes timor, et magnificabant Deum dicentes: ‘Propheta magnus surrexit in nobis’ et: ‘Deus visitavit plebem suam’.” (Lc 7, 16)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 04 de junho de 2010

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