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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O homem sem Deus não é nada

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Olhando a história da humanidade, percebemos que há muito sofrimento, maldade, injustiça, intolerância política e religiosa. Existe muito desamor, ódio e falta de perdão. O Papa Bento XVI, no dia 11 de janeiro de 2010, fez um discurso aos membros do corpo diplomático acreditado à Santa Sé e lembrou a todos que há tanto sofrimento na humanidade, e o egoísmo humano danifica a criação de muitas maneiras. É por isso que a expectativa da salvação, que diz respeito a toda a criação, aparece ainda mais intensa e está presente no coração de todos, crentes e descrentes.

Neste contexto de tanta deformação no mundo físico, social, moral, ético e religioso, o Papa mais uma vez nos mostra qual o caminho seguro a seguir. Então ele diz: a Igreja indica que a resposta a esta aspiração é Cristo, “primogênito de toda a criatura, porque n’Ele foram criadas todas as coisas, no céu e na terra” (Col 1, 15-16).

O Papa Bento XVI fala aos representantes de cada país e vê no Cristo a razão da existência da criação e do mundo. “Fixando n’Ele o meu olhar, exorto todas as pessoas de boa vontade a trabalhar, com confiança e generosidade, pela dignidade e liberdade do homem. Que a luz e a força de Jesus nos ajudem a respeitar a ecologia humana, cientes de que esta beneficiará a ecologia ambiental, porque o livro da natureza é único e indivisível”.

Estas palavras do Papa nos dão segurança de fazer alguma coisa, mesmo que seja pouca, para que este mundo seja agradável e que ele nos mostre a bondade de Deus para com todas as coisas. Assim, esta harmonia do homem com a natureza consolida a paz para nós e vai continuar por gerações.

O Papa ainda disse aos membros do corpo diplomático acreditado à Santa Sé que “na encíclica Caritas in veritate, convidei a procurar as raízes profundas desta situação: em última análise, encontram-se numa mentalidade egoísta e materialista corrente, esquecida dos limites inerentes a toda a criatura”.

O Papa Bento XVI lembrou a todos os presentes que, há 20 anos, quando caiu o muro de Berlim, e quando desabaram os regimes materialistas e ateus que, durante vários decênios tinham dominado uma parte deste continente, não se pôde porventura medir as feridas profundas que um sistema econômico sem referências assentes na verdade do homem infligira não só à dignidade e liberdade das pessoas e dos povos, mas também à natureza, como a poluição do solo, das águas e do ar.

Ao olharmos a trajetória da história humana e as suas repercussões na ausência do divino, podemos dizer, com certeza, que o homem sem Deus não é nada. Desse modo, o Sumo Pontíficie nos exorta para a problemática que “a negação de Deus desfigura a liberdade da pessoa humana, mas devasta também a criação. Daqui resulta que a salvaguarda da criação não visa tanto responder a uma exigência estética, como, sobretudo a uma exigência moral, porque a natureza exprime um desígnio de amor e de verdade que nos precede e que vem de Deus”.

Portanto, não podemos perder de vista que somos responsáveis pelos nossos atos e que cada agir do homem deve ser para mudar, proteger e salvar o mundo em que vive. Que cada lar seja um lugar onde haja a luz que vem do Cristo e que seja o reflexo do Amor de Deus.

“Amen dico vobis: Quisquis non receperit regnum Dei velut parvulus, non intrabit in illud.” (Mc 10, 15)

“Eu garanto a vocês: quem não receber como criança o Reino de Deus, nunca entrará nele” (Mc 10, 15)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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