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sábado, 30 de outubro de 2010

As mulheres têm papel importante na Igreja de Cristo

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A mulher tem um grande papel na família, porque ela é que gera o filho, cuida dele com carinho no período da gestação e ainda prepara a chegada da criança. Ela se prepara emocionalmente e também, quando tem condição para isso, arruma a casa para que o novo ser seja acolhido com amor. O gesto da mãe se assemelha aos cuidados da Mãe do Céu. Com ternura e bondade, ela manifesta o Grande Amor do Deus da Vida.

O papa Bento XVI dedicou a sua catequese do dia 01/09/2010, correspondente ao ciclo de escritores da Idade Média, a Santa Hildegarda de Bingen, escritora e profetisa alemã. O pontífice quis apresentar esta mulher escritora que viveu há quase mil anos e voltará a falar dela na semana que vem, segundo antecipou aos peregrinos presentes na Praça de Castel Gandolfo.

Ao começar a catequese de hoje, o papa quis manifestar o "agradecimento da Igreja" ao "valioso papel que as mulheres desempenharam e desempenham" dentro dela. Citando a “Mulieris dignitatem”, de João Paulo II (1978-2005), sublinhou a importância do "gênio feminino", assim como dos "carismas" e de "todas as vitórias que a Igreja deve à sua fé, esperança e caridade".



Sobre Hildegarda de Bingen (1098-1179), o papa quis destacar sua grande cultura, seu espírito místico e seu dom de governo, que "fala com grande atualidade também a nós". Esta santa fala hoje, "com sua corajosa capacidade de discernir os sinais dos tempos, com o seu amor pela criação, sua medicina, sua poesia, sua música, que hoje está sendo reconstruída, seu amor a Cristo e à sua Igreja, que também sofria naquela época, ferida pelos pecados dos sacerdotes e leigos, e tão amada como o Corpo de Cristo".

Desde criança, Hildegarda foi consagrada pelos seus pais ao serviço a Deus, sob os cuidados da professora Judith Spanheim, retirada no Convento Beneditino de São Disibodo, onde, apesar de albergar uma comunidade masculina, foi se fundando, com o tempo, uma congregação beneditina feminina.

Quando a Madre Judith faleceu, Hildegarda a substituiu à frente da comunidade. "O estilo com o qual ela exercia o ministério da autoridade é exemplar para toda a comunidade religiosa: isso acabou sendo um grande estímulo para a prática do bem, tanto que, segundo os testemunhos da época, a madre e as filhas espirituais competiam em amar-se e servir-se mutuamente", destacou o papa.

Outro dos aspectos da vida da santa que Bento XVI quis salientar foi sua experiência mística. Hildegarda teve revelações místicas desde pequena e, "como sempre acontece na vida dos verdadeiros místicos, Hildegarda também queria submeter à autoridade de pessoas sábias a origem de suas visões, temendo que fossem o resultado de ilusões e que não fossem de Deus".

De fato, "ela então buscou a pessoa que, na sua época, gozava da máxima estima na Igreja: São Bernardo de Claraval", sobre quem o papa falou em sua catequese de 21 de outubro do ano passado. 1 Finalmente, o Papa Eugênio III “autorizou a mística a escrever suas visões e a falar em público. Desde então, o prestígio espiritual de Hildegarda cresceu cada vez mais, de modo que seus contemporâneos atribuíram-lhe o título de ‘profetisa teutônica”.

“E isso, caros amigos, é o selo de uma autêntica experiência do Espírito Santo, fonte de todo o carisma: a pessoa depositária de dons sobrenaturais não se exalta jamais, não os exibe e, sobretudo, mostra total obediência à autoridade eclesial”, concluiu.

A palavra do papa nos alerta que nós não precisamos exibir as nossas qualidades e nem ficarmos orgulhosos pelos serviços executados na Igreja, na sociedade e na família. Nós cristãos devemos nos deixar ser guiados pela ação do Espírito Santo em nós. Devemos ser dóceis a Ele e ser obedientes ao Magistério para não ter perigo de errar e levar os outros ao erro. Hoje, mais do que nunca, precisamos de cristãos autênticos, corajosos e profetas para dizerem e proclamarem que a vida é importante e promovê-la é essencial, orientando as mães novas, as crianças, os adolescentes e os jovens para que não entrem no jogo do prazer fácil, dos vícios e da irresponsabilidade. Todos devem defender a vida em todas as fases da existência humana.


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa

Texto pensado, produzido e escrito em 29 de outubro de 2010

FONTE BASE DO TEXTO
notícia lida e utilizada como referência no site www.zenit.org em 03 de setembro de 2010

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