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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Uma oportunidade traz vida

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Conta-se... Uma determinada pessoa já estava cansada de procurar emprego... Ela saiu com o filho, que estava com muita fome. Saindo, avistaram uma padaria aberta e pediram algum alimento em troca de serviços. O dono daquele comércio sentiu compaixão e viu a necessidade daquele homem que estava com fome também, mas pedia alimento não para ele, mas para o filho que ficou sentado na outra calçada.

Então dono da padaria, que se chamava Amaro, fala para Agenor que traga o seu filho Humberto, pois ele daria não pão, mas dois pratos feitos. A fome era tanta que os dois agradeceram a Deus e a bondade do senhor Amaro. Logo senhor Agenor começou a chorar. Era choro de gratidão e de preocupação porque lembrou da mulher que ficara em casa somente com um bocado de fubá. Então o dono da padaria fala pra ele: porque choras, se você e seu filho já estão se alimentando?

Agenor fala de sua vida e de seus sofrimentos. Estava desempregado a mais de dois anos. Fazia bico e nem isso já estava conseguindo. Tinha deixado a mulher com uma bocado de fubá. O dono da padaria fala com firmeza a ele dizendo: você quer trabalhar comigo; estou precisando mesmo de alguém como o senhor que tem história de vida.

Ele volta para casa radiante e conta para a esposa. Para surpresa, tinha chegado uma boa cesta básica. No dia seguinte, cedinho, ele já estava no trabalho. O patrão o incentivou a estudar à noite. Alguns anos mais tarde, tornou-se um grande profissional e o seu filho crescia estudando. Muitos anos depois, ele sai daquela empresa e monta um escritório. Seu filho cresce, estuda e torna-se um bom nutricionista. Foi trabalhar em um restaurante que o pai construiu pra ele.

Passaram-se anos. Os dois, antes patrão e empregado, encontraram-se. Amaro e Agenor conversaram bastante. Agenor sempre grato ao que Amaro fez. Então o primeiro comentou. “Olha, eu tenho muito serviço, mas nunca esqueço dos que mais precisam. Sempre ajudo e promovo as pessoas. Uma oportunidade traz vida”, afirmou Agenor ao senhor Amaro. “Se não houvesse aquela ajuda do senhor, eu não teria estudado e nem meu filho seria nutricionista do meu restaurante que fundei”, confessou.

Os dois se abraçaram e se rejubilaram pelas maravilhas que uma ação boa pode trazer a uma pessoa necessitada. Deus é assim: ele sempre vem em nosso socorro nas horas que precisamos d’Ele. Não podemos perder a fé. Deus é fiel sempre. Os dois ficaram tão amigos que morreram no mesmo dia, na mesma hora, e com a mesma idade - 82 anos.

O filho de Agenor colocou o nome da casa que seu pai fundou como a “Casa do Caminho” e mandou escrever bem na frente dela: “Um dia, eu tive fome e você me alimentou. Um dia, eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia, acordei sozinho e você me deu Deus e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!!!” (texto feito a partir de um conto recebido de e-mail de autor desconhecido com título “Pai, tô com fome...").


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 28 de outubro de 2010

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