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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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terça-feira, 2 de março de 2010

A felicidade custa pouco

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O ser humano, por vocação, quer ser feliz e procura a felicidade. Esta felicidade é estar em comunhão com Deus e com os irmãos. É uma busca constante para ser feliz. Está no coração do homem este desejo de ser feliz. Jesus vem mostrar qual é caminho certo para esta verdadeira felicidade.

Nesta procura de felicidade, muitas vezes, a pessoa se equivoca, buscando na riqueza, no prazer, no poder, no sucesso e no egoísmo pessoal a sua vida feliz. Por causa disso, ela perde a ética, mergulha na corrupção, na imoralidade pessoal e política, tudo isso para conquistar uma pseudo-felicidade, e a pessoa pensa que está levando vantagem.

A liturgia nos mostra o caminho correto que se deve percorrer para encontrar a verdadeira felicidade ou uma felicidade falsa. As leituras bíblicas apontam dois caminhos: um leva à plena realização da vida; o outro, geralmente, à decepção e à desgraça.

O profeta Jeremias inicia com uma afirmação. “Infeliz o homem que confia no homem”. Esta afirmação é um alerta, porque o homem é fraco, mas ele ainda afirma que o caminho certo é o Senhor Javé. Então ele nos diz. “Feliz o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor”. “É como a árvore plantada à beira da torrente... nunca deixa de dar frutos” (Cf. Jr 15, 5-8).

São Paulo nos fala: é feliz quem deposita sua fé e esperança no “Cristo Ressuscitado”. Isto porque é a Ressurreição de Cristo que dá sentido à nossa vida e confirma a nossa fé n’Ele. É Ele a garantia da nossa ressurreição (Cf. 1 Cor 15, 12.16-20). O Evangelista Lucas nos mostra Jesus que aponta o caminho verdadeiro e correto da felicidade. Jesus faz um discurso - o local é a planície. São quatro Bem-Aventuranças e quatro Advertências.

Jesus fala aos discípulos e para nós hoje também. Ele diz que os pobres são felizes porque são abertos ao Reino e podem possuí-lo. Isso quer dizer também que eles confiam em Deus, enquanto os ricos gananciosos já têm uma recompensa. Os pobres são disponíveis, partilham o que têm aos que mais precisam. São solidários aos necessitados. A fome deles é saciada, o choro deles é consolado e, se há perseguição aos ricos de espírito por causa de Cristo, estes serão recompensados.

Agora ricos egoístas, pobres de espírito que só pensam em si, não partilham e nem se solidarizam com os que sofrem, com os necessitados, estes estão comprometidos. As suas atitudes os deixaram sozinhos, isolados e abandonados (Cf. Lc 6, 17.20-26). Então é um alerta para todos: se for pobre, sem apego exagerado às tentações da vida, confia no Senhor e, se for rico, mesquinho, ganancioso, burguês, converta-se para a vida de fraternidade, de justiça e de partilha para que todos nós possamos encontrar sentido neste mundo.

Assim esta terra se torna mais irmã e o Reino de Deus começa a ser vislumbrado entre nós, seres humanos. Deus é fiel e nós queremos participar deste Reino que terá Plenitude na Eternidade. Desse modo, somos felizes porque temos um Deus parceiro que caminha conosco e nos dá coragem de realizar boas obras no mundo inteiro.

Et ipse, elevatis oculis suis in discipulos suos, dicebat: ‘Beati pauperes, quia vestrum est regnum Dei’ (Lc 6, 20)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Um comentário:

Diogo disse...

Explique-me uma coisa: o que é que acontece a um homem que vive sempre em pecado até à morte sem arrependimento? Vai para o inferno? O que é o inferno?