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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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sexta-feira, 26 de março de 2010

Hosana ao Filho de Davi

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Com a liturgia do Domingo de Ramos, iniciamos a Semana Santa. Vamos reviver a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém que marca o fim daquilo que Jerusalém representava para o Antigo Testamento e assinala o início da nova Jerusalém. Nesse lugar dará o inicio de um novo tempo e a Igreja será o sinal para o mundo da redenção de Cristo.

Na Igreja primitiva, a celebração deste domingo focalizava aspectos diferentes. Em Roma, o tema central era a Paixão do Senhor e, em Jerusalém, era a Entrada triunfal de Jesus, destacando a Procissão dos Ramos.

Atualmente, as duas tradições se integram numa única celebração. Atualmente podemos chamar Domingo de Ramos e da Paixão de Jesus Cristo. Podemos perceber que a primeira parte da celebração se faz fora com as bênçãos de Ramos e a procissão festiva para atualizar a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém.

A segunda parte se faz dentro da Igreja com a proclamação da Paixão de Cristo e todos participam da Eucaristia. O povo alegre canta Hosana ao Filho de Davi, mas os fariseus reclamam da euforia contagiante do Povo a Ele, mas Jesus diz. "Se eles se calarem, as pedras gritarão...”. Temos aí o Cristo Rei Servidor montado em um jumento. É a presença d’Ele como Príncipe da Paz.

O Profeta Isaías narra para nós a missão do Servo Sofredor que vem até nós e traz a salvação. Apesar de tudo, do sofrimento e de toda forma de ingratidão, mesmo assim Ele se mantém firme na sua missão. Ele é o Profeta que confiou em Deus e realizou o Plano de Deus (Cf. Is 50, 4-7). A Igreja primitiva viu nesse servo sofredor a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.

São Paulo, na sua Carta aos Filipenses, mostra-nos um Hino que apresenta o "despojamento" de Jesus. Ele, mesmo sendo Deus, humilhou-se até a morte de cruz como o Servo de Javé. Por causa disso, foi glorificado como Filho de Deus na Ressurreição (Cf. Fl 2, 6-11).

O Evangelista Lucas narra para nós a PAIXÃO E MORTE DE JESUS. Toda sua vida na terra tinha uma finalidade de cumprir a missão que o Pai lhe determinou. Anunciou a todos a boa nova, curou os doente, libertou os cativos e fez ressurgir nas pessoas a Esperança de um Reino onde existe justiça, partilha, solidariedade e inclusão total para a vida.

A Cruz é sinal do amor doação total de um Deus que ama e nos faz sermos seguidores de Cristo, transformando a nossa realidade, onde a economia esteja a serviço da vida e direitos iguais para todos. O seu projeto de salvação contrariou os orgulhosos e os autoritários da época, mas eles não sabiam que condenando Jesus à morte, estavam confirmando a Bondade de Deus que vem em socorro ao homem, libertando-o de toda forma de escravidão. Tudo conclui na frase de Jesus: Tudo está consumado. A Cruz de Cristo vai levar a Luz da Sua Ressurreição, pois a morte não vai ter a última palavra (Cf. Lc 22, 1-49).

“Dominus Deus aperuit mihi aurem; ego autem non rebellavi, retrorsum non abii.” (Is 50, 5)

“O Senhor Iahweh abriu-me os ouvidos e eu não fui rebelde, não recuei.” (Is 50, 5)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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