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sábado, 13 de março de 2010

A Igreja Católica é sinal de unidade

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Ao olharmos a história da Igreja nestes quase dois mil anos de existência, verificamos que realmente ela tem o seu fundamento em Cristo e coloca Pedro na direção da Igreja, através da sua profissão de Fé: tu és o Cristo, o Filho de Deus Vivo (Mt 16, 16-19); e que tem palavra de vida eterna (Cf. Jo 6, 68). Assim, a Igreja sempre teve e tem na sua chefia um sucessor de Pedro, hoje para nós é o Santo Padre, o Papa Bento XVI.

O Brasil, no seu descobrimento, teve a sua primeira Missa na presença de uma cruz, que é o sinal da redenção. As cidades, vilarejos e aldeias dos países do Novo Mundo nascem com a presença da Igreja que anuncia a Cristo, o salvador do mundo. Se olharmos bem atentamente a história cristã, vemos que a Igreja estava firme na sua unidade por uns 1500 anos. Nesse período, somente houve o Cisma do Oriente (em 1054 e que resultou na Igreja Ortodoxa). Até então a Igreja Católica era sinal da unidade dos cristãos.

Ela teve papel muito importante no desenvolvimento dos povos e na sua evangelização. Ela contribui muito na difusão do conhecimento, pois ela foi responsável pela educação nos colégios, nas universidades criadas pela Igreja e nos mosteiros. Infelizmente, houve rupturas e separações que desfiguram a Igreja na sua unidade. Outras religiões cristãs surgiram. Há um esforço grande hoje para o diálogo ecumênico. Hoje, esse diálogo, a comunicação e a busca dos verdadeiros valores do homem e da fé em Cristo, que são perenes, trazem concórdia e paz e servem para um humanismo cristão e para um convívio fraterno.

Bento XVI presidiu celebração na tarde de 24 de janeiro de 2010, véspera da Solenidade da Conversão de São Paulo, na Basílica de São Paulo, “fora dos muros”, em Roma, Itália. Nesse dia, o Sumo Pontífice frisou ainda o tema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que este ano é “Vós sois as testemunhas destas coisas” (Lc 24, 48). O Papa reforçou o chamado a ser missionários do Evangelho. O encontro entre o Apóstolo Paulo e Jesus no Caminho de Damasco é o início de uma incansável atividade missionária, na qual o apóstolo empregará todas as suas energias para anunciar a todos os povos aquele Cristo que ele encontrou pessoalmente.

Bento XVI comentou ainda sobre o tema da Semana. Ele recordou a Conferência Missionária de Edimburgo, realizada em junho de 1910. Durante essa Conferência, mais de mil expoentes do protestantismo e do anglicanismo se reuniram nessa cidade escocesa para refletir sobre a necessidade de buscar a unidade dos cristãos a fim de tornar mais eficaz e crível o anúncio do Evangelho.

“Um século depois do evento de Edimburgo, a intuição daqueles corajosos precursores é ainda atual. Em um mundo marcado pela indiferença religiosa e por uma crescente aversão à fé cristã, é necessária uma nova e intensa atividade de evangelização, não somente entre os povos que nunca conheceram o Evangelho, mas também naqueles em que o Cristianismo se difundiu e faz parte de sua história", frisou o Papa.

O Santo Padre sublinhou que “enquanto caminhamos rumo à plena comunhão, somos chamados a dar um testemunho comum diante dos desafios sempre mais complexos de nosso tempo, como a secularização e a indiferença, o relativismo, o diálogo com outras confissões religiosas”. O nosso testemunho de cristão é promover o bem a todos que necessitam da nossa solidariedade.

“Cada um de nós é chamado a dar a sua contribuição em favor da comunhão plena entre todos os discípulos de Cristo. A força que promove a unidade e a missão dos cristãos surge do encontro com Cristo Ressuscitado”, concluiu o Papa. Este sinal da unidade que a Igreja quer ser no mundo é por causa da Palavra de Cristo que nos diz. “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 4-5).

“Respondit ei Simon Petrus: ‘Domine, ad quem ibimus? Verba vitae aeternae habes.’” (Jo 6, 68)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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