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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quinta-feira, 18 de março de 2010

A reconciliação nos dá vida nova

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Liturgia nos ajuda a reconciliar conosco, com os irmãos e com Deus. Deus nos quer feliz e que a salvação seja alcançada por todos. Quando pecamos, afastamos de Deus, mas Ele vem ao nosso encontro, dando perdão e nos resgatando de novo para a Vida da Graça.

No Livro de Josué é mostrado que Deus reconcilia com o seu povo. Nessa leitura, percebemos que Deus se reconcilia com o seu povo. Israel celebra pela primeira vez a Páscoa na Terra Prometida. Antes, os nascidos no deserto, ainda não circuncidados, deveriam passar pela circuncisão, como sinal da Aliança e de pertença ao Povo Eleito. Assim Todos poderiam celebrar a Páscoa, como início de uma vida nova (Cf. Js 5, 9a.10-12).

Desse modo, na Quaresma, somos chamados a reconciliar, sair do deserto do pecado e da escravidão dos vícios e abraçar com alegria a libertação. Assim podemos celebrar a Páscoa, a Vida Nova que nos dá a Ressurreição de Cristo.

O Apóstolo São Paulo, na sua carta aos Coríntios, nos mostra um Hino que enaltece a Misericórdia de Deus, que nos deu a vida em Cristo e nos exorta, dizendo. “DEIXAI-VOS RECONCILIAR com Deus” (Cf. 2 Cor 5, 17-21). O cristão deve aceitar essa Reconciliação com Deus, em Cristo. Ela passa pela comunhão com Deus e com os irmãos.

No Evangelho, Lucas narra a passagem que o Pai se reconciliou com o filho e convidou os filhos a se reconciliarem entre eles (Cf. Lc 15, 1-3.11-32). Assim como o Pai da parábola, Jesus nos mostra que Deus é um Pai que quer os filhos de volta, perdoa os pecados e ainda dá vida nova a todos que querem estar em plena comunhão com Ele e com os irmãos. Jesus se mostra solidário a todos, principalmente, os que estão afastados.

Podemos notar esta predileção de Jesus, quando Ele narra para nós as parábolas da Ovelha e moeda perdida e do filho pródigo. Deus se mostra como Pai bondoso e misericordioso e sempre procura os que estão perdidos para que voltem à liberdade que leva vida em abundância. O orgulho e desprezo que damos aos outros nos fazem afastar das pessoas que mais gostamos, e saímos à procura da falsa liberdade que leva ao pecado e à morte.

Mas, quando refletimos nesta nossa atitude equivocada e se nos reconhecemos pecadores e pedimos perdão dos nossos pecados, por causa disso, nós podemos retornar e voltar à vida que traz alegria para todos.

Na parábola do filho do pródigo, o pai que sempre esperava a volta do filho, quando o avista de longe, vai ao seu encontro e dá o abraço da acolhida. Nesse abraço, fica todo o perdão e o retorno à casa traz alegria e a festa do encontro acontece. A Igreja se abre a todos na festa do perdão através do sacramento da reconciliação que integra o pecador à comunidade, pois, com a confissão sincera, os nossos pecados são perdoados e a vida nova acontece, de fato, em nós.

Desse modo, acolhendo os apelos de conversão da Quaresma e da Palavra de Deus, a nossa celebração será sempre um verdadeiro banquete para celebrar na alegria a volta ao Pai e à comunidade dos filhos pródigos que estavam perdidos, mas que voltaram à vida pela Bondade de Deus e pela Acolhida dos irmãos.

Si quis ergo in Christo, nova creatura; vetera transierunt, ecce, facta sunt nova (2 Cor 5, 17)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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