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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Não chegamos ao céu sozinhos

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Queridos irmãos e irmãs em Cristo!

A liturgia é a festa do encontro de irmãos e irmãs que querem estar unidos entre si e com Deus. O pão da Palavra alimenta a caminhada porque nos liberta das amarras que prendem a nossa vida no mundo, e a Eucaristia nos fortalece. Jesus vem fazer morada em nós porque queremos viver em fraternidade com todos. Na mesa da Palavra e da Eucaristia, todos têm vez e voz.

A vida eterna é uma conquista de cada dia. O caminho para chegar lá está na observância dos mandamentos e viver em conformidade com a vontade de Deus. Deus nos fez para a felicidade plena.

No Livro do Deuteronômio, encontramos Moisés que faz um convite ao Povo para aderir aos mandamentos dados por Deus libertador e da vida. Assim diz Moisés. “Ouve a voz do Senhor, teu Deus, e observa todos os seus Mandamentos”. E acrescenta. “Esta lei não está acima de tuas forças... pelo contrário, ela está bem perto de ti, está em tua boca e em teu CORAÇÃO” (Dt 30, 10-14). Deus não nos pede o impossível, mas pede a cada um de nós que sejamos fiéis a Ele. Deus nos coloca esse desejo de eternidade em nossos corações.

São Paulo mostra Cristo como centro de toda a criação. É n’Ele que tudo se converge. Jesus é a imagem do Deus invisível e o primogênito de toda a criatura. Em Cristo, a humanidade é remida e salva.

O Evangelista Lucas mostra Jesus que ensina o verdadeiro caminho da eternidade. Cristo responde à pergunta de um fariseu como se chega à vida eterna. Naquele tempo, pensava-se que, tendo muitas leis, estas ajudariam a pessoa para prosseguir no caminho seguro até Deus. Mas Jesus mostra o episódio do bom samaritano que ajudou aquele ser humano caído na estrada, vítima de ladrões, como ocorre freqüentemente em nossas sociedades contemporâneas ditas complexas.

Alguns passaram e nada fizeram. Mas aquele estrangeiro da Samaria socorre e dá oportunidade de vida para aquele homem. É o mandamento do amor que faz a diferença. A solidariedade acontece e a ajuda tão necessária se faz presente (Cf. Lc 10, 25-37). Jesus resume os mandamentos em dois: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Esta verdade é valida hoje. Precisamos nos abrir para o outro e fazer a corrente do bem que gera vida para todos. Não se pode excluir ninguém. Todos têm lugar no Banquete da Vida.

Cristo é o verdadeiro Bom Samaritano, acolhe a todos e resgata o pecador para que tenha a vida da graça. Jesus convida a todos porque Ele fez primeiro e deu grande exemplo. A Igreja tem essa missão de ser samaritana aos que mais precisam. Os que estão marginalizados na sociedade e privados dos seus direitos fundamentais que são saúde, habitação, educação e cidadania. A regra para agir é essa: Ver, Ter Compaixão e Agir. É a fórmula do amor generoso e misericordioso que liberta e salva toda a humanidade da opressão do egoísmo, do desamor e da indiferença.

“At ille dixit: ‘Qui fecit misericordiam in illum’. Et ait illi Iesus: ‘ Vade et tu fac similiter’.” (Lc 10, 37)

“Ele respondeu: ‘Aquele que usou de misericórdia para com ele’. Jesus então lhe disse: ‘vai, e também tu, faze o mesmo’.” (Lc 10, 37)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 08 de julho de 2010

Um comentário:

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha disse...

nota: colocando a fonte: São Paulo mostra Cristo como centro de toda criação. É Nele que tudo se converge. Jesus é a imagem do Deus invisível e o primogênito de toda criatura. Em Cristo a humanidade é remida e salva (cf. Cl 1,15-20).
teologo Jose Benedito Schumann Cunha