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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

O valor da hospitalidade e do acolhimento

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A Eucaristia nos une nos laços do amor a Cristo e aos irmãos. A liturgia nos fortalece a vida de fé, pois é uma festa de irmãos e irmãs que constroem com Cristo o Reino de Deus na justiça, na paz, na partilha e na solidariedade. Jesus nos acolhe na sua casa e nos dá o Pão da Palavra e o da Eucaristia.

No Livro do Gênesis, Abraão acolhe três pessoas que são estranhas e caminhantes, mas as acolhe com o coração cheio de generosidade. Ele as serve com alegria. Este gesto dele para com as três pessoas humanas foi agraciado pelo dom da vida. Deus, através desses mensageiros, anuncia que a casa de Abrão terá uma criança que nascerá de Sara, sua esposa idosa e sem filho. Assim, Deus confirma a promessa feita a ele: você terá uma grande descendência e será pai de uma grande nação, o povo de Deus (Cf. Gn 18, 1-10a). É na refeição partilhada que Abrão recebe a confirmação das Promessas de Deus.

São Paulo nos mostra e apresenta na Carta aos Colossenses o seu próprio exemplo: acolheu em sua vida Cristo que deu sentido à sua vida e sua missão. "É Cristo crucificado que vive em mim" (Cl 1, 24-28). Esta verdade deve ser assumida em cada cristão na sua atividade missionária, de trabalho, na Igreja e na família. Ouvimos a Palavra de Deus e ela é difundida com amor a todos.


Equipe de Cozinha do Eixo Eclesial (Laranja), Casa de Pastoral, Bairro Santo Antônio, em Montes Claros, do VI Encontro das Comunidades Eclesiais de Base de Minas Gerais

O Evangelista Lucas apresenta duas pessoas: Marta e Maria. Estas duas personagens sintetizam a nossa realidade de hoje também. Muitos são como Marta: ficam nos seus afazeres, não têm tempo para os irmãos nas obras de caridade, de misericórdia e solidariedade. Ficam atarefadas, sem tempo para os outros. Mas, temos as Marias que têm tempo para escutar a Palavra e refleti-la em sua vida interior que age nas ações para que o mundo seja mais humano e fraterno.

Jesus é a mensagem salvadora que faz a diferença. Maria escolhe a melhor parte. Deixa o seu coração aquietar nas Palavras do Mestre que dão diretrizes seguras para a nossa vida, na missão e na comunidade (Cf. Lc 10, 38-42).

É desse modo então que as nossas ações tomarão cuidado para não ser apenas como os comportamentos de Marta, mas também de como os de Maria, que acolhe Jesus. Este ensina a Vida. Assim, se as nossas atitudes forem a de Marta e a de Maria, juntas, estaremos completados e liberados para que haja o amor solidário, fraterno e participativo na Família de Deus, da qual fazemos parte.

Jesus vem até nós, hoje, bate em nossas portas e quer entrar e conversar conosco no diálogo aberto e franco, em que todos e todas se sintam respeitados nos seus valores mais dignos, e a vida de qualidade não está fora desses.

Deus caritas est!


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 17 de julho de 2010

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