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domingo, 11 de julho de 2010

Vitória ou fracasso

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Neste mundo competitivo, a pessoa humana está sempre em busca da vitória, tanto social, financeira ou de grupos. Cada um percorre um caminho e nele busca as alternativas que o leva ao sucesso. Nesse período da Copa Mundial de Futebol, percebemos a vontade de ganhar das seleções que estavam no campeonato. Esse esporte não pode ser visto e nem gerenciado por individualismos, pois ele é notoriamente coletivo ou trabalho de conjunto.

Todos têm o seu papel importante. O que vai fazer a diferença é o empenho de cada um na dedicação às regras do futebol e a ética nas atitudes de cada esportista. Em cada jogo se tem um vencedor, e outro perdedor. Mas o que importa é a vontade de ganhar e de fazer um trabalho digno na disputa.

A vitória e o fracasso se misturam na medida em que cada competidor respeite o seu adversário e valorize as atitudes éticas de não violência, e que exerça bem a liberdade. A vitória é a meta alcançada através de uma conquista de treinamentos, de autodisciplina, respeito mútuo com esportividade. O fracasso deve ser visto como a oportunidade de se avaliar o desempenho de cada um no jogo ou na própria vida. Esse fracasso não pode ser entendido como derrota ou ineficácia das atitudes tomadas na competição ou em qualquer atividade humana.

Jesus nos lembra que não adianta o homem ganhar tudo, se perder a vida (Cf. Mt 16, 26). A vida, nesse sentido, deve ser compreendida também nos valores mais sublimes que o homem tem, que são a ética, a cidadania, o respeito pelas individualidades de cada um, o bom uso da liberdade nas atitudes na comunidade social e familiar ou esportiva, a defesa da vida em todos os momentos do ser humano e a construção de uma civilização do amor, e qualidade de vida para todos.

Assim, a vitória ou fracasso pode ser a oportunidade de crescimento e libertação de tudo que atrapalhe a pessoa de viver em harmonia consigo mesma, com os outros e com o meio ambiente. Jesus, sendo condenado, crucificado e morrendo, dá a impressão de que foi um grande fracasso do seu projeto de libertação e salvação do homem decaído pelo pecado.

Este aparente fracasso da Paixão se deslumbra com a Vitória da Vida de Jesus, pois Ele ressuscita e nos dá a oportunidade da vida eterna. Aí todos são vencedores, se seguirem os passos do Mestre, que diz: amai-vos uns aos outros como eu tenho amado (Cf. Jo 15, 9). Um amor que constrói a paz, que valoriza cada um e ninguém fica de fora, pois, no Banquete da Vida de Cristo, todos têm lugar e não há privilegiados.

"O convite da entrada deste Banquete é tome a sua cruz e siga Jesus." (Cf. Mc 8, 34).

“Et convocata turba cum discipulis suis, dixit eis: ‘Si quis vult post me sequi, deneget semetipsum et tollat crucem suam et sequatur me’.” (Mc 8, 34)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 11 de julho de 2010

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