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quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Sudário retrata Jesus, o homem da dor que salva

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

No lençol de linho ficou a marca do sofrimento redentor de Cristo. Ele, sendo Deus, despojou-se totalmente, morrendo na cruz. Mostrou que o seu sofrimento cruento salva a humanidade. Deus se solidariza com a humanidade pecadora e a resgata para sempre, derramando o seu sangue a favor da pessoa humana.

Em um silêncio vibrante, realizou-se a visita do Santo Padre, o Papa Bento XVI, à Catedral de Turim, Itália, para venerar o Santo Sudário. O Papa se deteve por longo tempo diante daquela face, que interroga o homem sobre a dor inocente. “No nosso tempo, especialmente depois de ter atravessado o século passado”, disse o Sumo Pontífice, “a humanidade se tornou particularmente sensível ao mistério do Sábado Santo” (Cf. H2Onews - Newsletter 03/05/2010).

“O esconder-se de Deus faz parte da espiritualidade do homem contemporâneo, em maneira existencial, quase inconsciente, como um vazio no coração que foi se alargando sempre mais”. Em especial, Bento XVI se referiu aos dois conflitos mundiais, aos campos de concentração e aos gulags, a Hiroshima e a Nagasaki (Cf. H2Onews - Newsletter 03/05/2010).

Mas, a todo este horror, o Papa contrapôs um sinal luminoso, aquela esperança que não tem fim. “Deus, que se fez homem, chegou ao ponto de entrar na solidão extrema e absoluta do homem, onde não chega qualquer raio de amor, onde reina o abandono total sem qualquer palavra de conforto”. (Cf. H2Onews - Newsletter em 03/05/2010).

“No reino da morte ressoou a voz de Deus. Aconteceu o impensável: ou seja, o Amor penetrou: inclusive na escuridão extrema da solidão humana mais absoluta, nós podemos ouvir uma voz que nos chama e encontrar uma mão que nos toma e nos conduz para fora. O ser humano vive pelo fato de que é amado e pode amar” (Cf. H2Onews - Newsletter em 03/05/2010).

E é por isso que, desde 10 de abril, milhares de peregrinos visitam todos os dias a Catedral para contemplar o Homem das Dores. Porque naquela face dilacerada pela dor, “não veem somente a escuridão, mas também a luz; não tanto a derrota da vida e do amor, mas principalmente a vitória, a vitória da vida sobre a morte, do amor sobre o ódio” (Cf. H2Onews - Newsletter em 03/05/2010).

Assim, podemos dizer que a morte não pode ter vez mais, porque Jesus é vitorioso coma sua ressurreição. Nós cristãos precisamos anunciar que Jesus é Senhor e levar esta boa nova a todos. Hoje temos liberdade e somos livres porque somos amados por Deus e podemos amar a todos.

As barreiras caem, as muralhas da separação se desfazem diante do amor. A luz resplandece na nossa ação do amor que edifica a Igreja, a sociedade, a família e a todo lugar em que somos chamados a dar testemunho de Cristo. A escuridão da cultura da morte, das ideologias que tolhem a liberdade da pessoa deve dar lugar à dignidade da pessoa com direitos e deveres. Assim, o mundo não pode ser o mesmo. Quando a mensagem de Jesus chega é a luz que clareia a nossa mente para sermos criaturas novas que fazem a diferença no mundo.

O mundo torna-se uma primavera sem fim e Jesus se torna centro de toda a história humana. Acaba-se a violência, o laço da fraternidade se torna realidade e a justiça permanece para sempre entre nós.

“Acceperunt ergo corpus Iesu et ligaverunt illud linteis cum aromatibus, sicut mos Iudaeis est sepelire." (Jo 19, 40)


Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 03 de maio de 2010

ACESSE
www.h2onews.org

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