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"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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sábado, 31 de julho de 2010

O acúmulo demais não faz bem

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Nós procuramos segurança, felicidade e uma vida confortável. Mas onde podemos encontrar isso? A liturgia dominical nos ajuda a refletir sobre o acúmulo demais que as pessoas procuram e não conseguem ficar saciadas. Há uma busca de coisas materiais e o tempo se consome nisso.

A pessoa não tem tempo de ser amigo, conversar e procurar fazer visitas. Não consegue nem ter uma intimidade com Deus na oração e na participação da comunidade. Não tem tempo para Deus e aos irmãos. Se houver qualquer coisa que sai da normalidade, como doença, vítima de assalto e acidente ou uma decepção, a pessoa fica sai dos eixos, fica desesperada e, sem discernimento, acaba fazendo mau juízo das coisas, do mundo, de todas as outras pessoas e até de Deus.

No Livro Eclesiástico, é-nos lembrada a situação insuportável do Povo de Deus vivida por causa da ganância dos poderosos de então. Isso levou o autor sagrado a afirmar. "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade". O conselho dado pela Palavra de Deus nos faz ver que somos responsáveis pela harmonia, justiça e paz entre todos, começando pelos nossos atos de cristãos (Cf. Eclo 1, 2; 2, 21-23). Essa afirmação é atribuída a Salomão que, apesar de ser um rei sumamente sábio, rico e poderoso, lembrava que as coisas terrenas são passageiras, uma "bolha" de sabão, e convidava ao desapego delas.

São Paulo escreve aos Colossences e nos exorta à mesma coisa. "Se ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto... e não as da terra..." (Cl 3, 1-5.9-11). Somos novas criaturas em Cristo. Precisamos ter consciência disso e sermos pessoas que pertencem a Ele, vivendo uma vida justa, cheia de amor e de paz com todos.

No Evangelho, Cristo denuncia a cobiça e a preocupação exagerada pelos bens terrenos... (Lc 12, 13-21). Um desconhecido pede a Jesus para resolver um problema de herança, mas Jesus se recusa, porque é difícil fazer justiça quando existe cobiça. E adverte. "Tomai cuidado contra todo tipo de GANÂNCIA... Jesus nos alerta que a vida de um homem não consiste na abundância de bens...".

O rico insensato construiu grande celeiro e ali colocou toda a sua produção e pensava que podia viver o resto dos dias sem fazer nada, apenas a desfrutar do fruto do seu trabalho. Mas ele não sabia que a vida não resume nisso e que, de uma hora para a outra, ele pode partir e as coisas dele ficam para os outros, ou para alguém, ou largadas por aí... Devemos levar para Deus as obras boas: a misericórdia, a justiça, a fraternidade, a defesa da vida, a solidariedade com os mais pobres e sem vez nesta nossa sociedade capitalista.

Devemos ser porta voz da vida e lutar contra a cultura da morte que não leva a lugar nenhum. Vamos começar a celebrar neste domingo, 1º de agosto, o Mês Vocacional. A Vocação é um dom gratuito, um chamado, um convite, uma proposta de Deus, que se apresenta à nossa liberdade e nos pede uma tomada de decisão. Esse chamado é um grande mistério de amor entre nós e Deus, que conhece bem o coração de cada um.

Que não falte, em nosso meio, pastores segundo o coração de Jesus.

E que Deus seja louvado sempre.

Maria, ora pro nobis!


FONTE
www.buscandonovasaguas.com
parte deste texto foi tirado desse site e feito uma síntese dele por mim

Teólogo José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História, Pedagogia e Filosofia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 30 de julho de 2010

Um comentário:

Bacharel em teologia Jose Benedito Schumann Cunha disse...

errata:o correto é: No Livro Eclesiástes, é-nos lembrada a situação insuportável do Povo de Deus vivida por causa da ganância dos poderosos de então. Isso levou o autor sagrado a afirmar. "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade". O conselho dado pela Palavra de Deus nos faz ver que somos responsáveis pela harmonia, justiça e paz entre todos, começando pelos nossos atos de cristãos (Cf. Ecl 1, 2; 2, 21-23). Essa afirmação é atribuída a Salomão que, apesar de ser um rei sumamente sábio, rico e poderoso, lembrava que as coisas terrenas são passageiras, uma "bolha" de sabão, e convidava ao desapego delas.