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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nosso rei é servidor

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

A liturgia nos ajuda a celebrar o Deus da Vida na História da Salvação. O povo de Deus faz, durante todo o ano, uma caminhada de fé no Cristo, Senhor de todas as coisas. Ele é Rei porque se fez serviço à humanidade, trazendo para ela a libertação. O seu trono foi a cruz, a vida através da luz irradiada da pedra que rola do sepulcro no terceiro dia da sua morte, e assim Ele é Rei de toda a humanidade.

Encerra um ciclo litúrgico para dar lugar a um novo para que a humanidade possa experimentar o amor de Deus para com todos. Hoje percebemos que os reis e reinados estão um pouco desacreditados. No entanto, na Bíblia, esse tema é muito usado, tanto no Antigo Testamento, como Novo Testamento. A Bíblia nos mostra que o Rei é diferente porque exerce o amor no serviço à humanidade e favorece o dom da vida que é doação.

No Livro Segundo Samuel, vemos que Davi é ungido REI de todo o Povo de Israel, pela vontade de Deus. O seu reinado foi marcado pela Paz e Justiça, e assim ele se tornou um exemplo vivo desejado pelos profetas quando prometeram ao Povo a chegada de um descendente de Davi que concretizaria o sonho de paz e justiça para todos, e para sempre. Assim Israel ficou nesta esperança viva por muitos longos anos da Vinda do Senhor (Cf. 2 Sm 5, 1-3).

São Paulo aos Colossences nos mostra um Hino litúrgico da Igreja primitiva, que celebra a Soberania absoluta de Cristo na Criação e na Redenção. Cristo é o CENTRO da vida e da história de toda a humanidade e do universo. Isso se evidencia na caminhada da comunidade cristã ao redor do Cristo vivo na sua Palavra e na Eucaristia que celebramos. Ninguém é igual ao nosso Deus (Cf. Cl 1, 12-20).

O Evangelista Lucas apresenta a realização dessa promessa em Jesus Cristo. O Rei Jesus não está em trono de ouro e com seguranças, mas está na Cruz, na presença de Maria, sua mãe, Maria Madalena, e Maria de Cléofas e João. A sua coroa é de espinho e o seu brasão é a tábua com os escritos: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.

O seu poder não se confunde com os poderes da terra, mas está na entrega obediente e na doação extrema na Cruz, fazendo a vontade de Deus Pai. Na sua cruz, Ele nos ensina o amor, a justiça e a entrega de vida (Cf. Lc 23, 35-43).

O missionário de Cristo deve seguir o exemplo d’Ele e ter uma vida despojada e nem ficar em busca de honrarias e vantagens, pois somos chamados a imitar Jesus, o Rei servidor que deu a sua vida por toda a humanidade. Assim o Reino de Deus pode ser visto e nenhuma força pode destruir porque a força está no amor-doação, no serviço aos mais pobres e necessitados, e na justiça que gera vida para todos.

A luz do Reino de Deus é vista em todos os lugares em que a dignidade humana é respeitada em todas as fases da vida, desde a concepção até a morte natural.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

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