ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

domingo, 14 de novembro de 2010

“Santidade é imprimir Cristo em si”, considera papa Bento XVI

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Somos chamados a ser santo como Deus é Santo. Pelo Batismo, cada cristão teve a marca e o selo de Deus impressos em todo o seu ser humano-divino com a graça santificante. A semente da fé foi plantada e ela vai germinar na medida em que crescemos em harmonia com a família, na comunidade e em todo lugar em que a pessoa estiver situada.

No Ângelus do dia 1º de novembro de 2010, o papa Bento XVI dirigiu aos fiéis peregrinos na Praça de São Pedro as seguintes palavras. “A solenidade de Todos Os Santos, que hoje celebramos, convida-nos a elevar o olhar ao Céu e a meditar sobre a plenitude da vida divina que nos espera. “Somos filhos de Deus, e o que seremos ainda não se manifestou” (1 Jo 3, 2). “Com essas palavras, o apóstolo João nos assegura a realidade de nossa futura relação com Deus, assim como a certeza de nosso destino futuro”.

“Como filhos amados, por esse motivo, recebemos também a graça para suportar as provas desta exigência terrena, a fome e a sede de justiça, as incompreensões, as perseguições” (Cf. Mt 5, 3-13) e, ao mesmo tempo, herdamos já, desde agora, o que se promete nas bem-aventuranças evangélicas, “nas quais resplandece a nova imagem do mundo e do homem que Jesus inaugura” (Bento XVI, Gesù di Nazaret, Milão 2007, 95) pesquisado em www.zenit.org em 02/11/2010.

“A santidade, imprimir Cristo em si mesmo, é o objetivo da vida do cristão. O beato Antonio Rosmini escreve: O Verbo havia impresso nas almas de seus discípulos com seu aspecto sensível... e com suas palavras... tinha dado aos seus esta graça... com a que a alma percebe imediatamente o Verbo” (Antropologia soprannaturale, Roma 1983, 265-266; pesquisado em www.zenit.org em 02/11/2010).

“E nós experimentamos com antecedência o dom da beleza da santidade cada vez que participamos da Liturgia eucarística, em comunhão com a ‘multidão imensa’ dos bem-aventurados, que no Céu aclamam eternamente a salvação de Deus e do Cordeiro” (Cf. Apocalipse 7, 9-10). “À vida dos Santos, não pertence somente a sua biografia terrena, mas também o seu viver e agir em Deus depois da morte”. Nos Santos, torna-se óbvio como quem caminha para Deus não se afasta dos homens, antes pelo contrário torna-se-lhes verdadeiramente vizinho (Deus caritas est, 42).

Assim, a santidade é um convite de Deus para todos. Isto é possível porque podemos entrar em comunhão daquele que tudo é e conseguimos esta graça também juntos com todos os irmãos. Nada ficará despercebido por Deus (pesquisado em www.zenit.org em 02/11/2010.

“Consolados por esta comunhão da grande família dos santos, amanhã comemoraremos todos os fiéis defuntos. A liturgia de 02 de novembro e o piedoso exercício de visitar os cemitérios nos recordam que a morte cristã forma parte do caminho de assimilação a Deus e que desaparecerá quando Deus for tudo em todos. Se bem que a separação dos afetos terrenos é certamente dolorosa, não devemos ter medo dela, porque quando está acompanhada da oração de sufrágio da Igreja, não pode quebrar os profundos laços que nos unem em Cristo. Nesse sentido, São Gregório de Nisa afirmava: ‘Quem criou tudo com sabedoria, deu esta disposição dolorosa como instrumento de libertação do mal e possibilidade para participar nos bens esperados’” (De mortuis oratio, IX, 1, Leiden 1967, 68; pesquisado em www.zenit.org em 02/11/2010).

“Queridos amigos, a eternidade não é ‘uma sucessão contínua de dias do calendário, mas algo parecido com o instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade” (Spe Salvi, 12) do ser, da verdade, do amor. Encomendemos à Virgem Maria, guia segura para a santidade, nossa peregrinação para a pátria celestial, enquanto invocamos sua maternal intercessão pelo descanso eterno de todos os nossos irmãos e irmãs que dormiram na esperança da ressurreição” (pesquisado em www.zenit.org em 02/11/2010).

Desse modo, confortados pelas palavras do nosso papa, podemos com certeza reavivar a nossa fé em Deus da vida. Ele nos consola de modo pleno porque dá razão à nossa fé sem ficar perturbado por ilusões passageiras. Jesus ressuscitou e nos deu a chave da vida eterna. Cabe a nós seguir o seu caminho que leva à vida em abundância e à felicidade sem fim.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 07 de novembro de 2010

CONTAGEM REGRESSIVA
acesse www.arquimoc.org.br e fique por dentro das atividades do Centenário da Arquidiocese de Montes Claros

ACESSE TAMBÉM
www.zenit.org

Nenhum comentário: