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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O caminho para a verdadeira luz

(Lc 18, 35-43)

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

Jesus já estava chegando perto da cidade de Jericó. Acontece que um cego estava sentado na beira do caminho, pedindo esmola. Quando ouviu a multidão passando, ele perguntou o que era aquilo.

- É Jesus de Nazaré que está passando!, responderam.

Aí o cego começou a gritar.

- Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim!

As pessoas que iam na frente o repreenderam e mandaram que ele calasse a boca. Mas ele gritava ainda mais.

- Filho de Davi, tenha pena de mim!

Jesus parou e mandou que trouxessem o cego. Quando ele chegou perto, Jesus perguntou.

- O que é que você quer que eu faça?

- Senhor, eu quero ver de novo!, respondeu ele.

Então Jesus disse.

- Veja! Você está curado porque teve fé.

No mesmo instante, o homem começou a ver e, dando glórias a Deus, foi seguindo Jesus. E todos os que viram isso começaram a louvar a Deus.

Reflexão sobre este Evangelho

Queridos irmãos e irmãs,

O sentido teológico da cegueira nesse Evangelho é a expressão da falta de compreensão da verdadeira missão de Jesus. Os discípulos de Jesus e a multidão demonstraram que ainda falta compreender a missão do Mestre. Notamos que Jesus menciona por cinco vezes que os fariseus e os escribas são cegos, embora eles fossem os mestres da Lei de Deus e da Sua Palavra (Cf. Mt 23, 16-26).

Jesus tem a missão de levar a luz para clarear as atitudes das pessoas que querem segui-Lo. Em uma passagem do Evangelho de Lucas, nos é mostrado com evidência qual é a verdadeira missão de Cristo: a de dar visão aos cegos, libertar os cativos e anunciar o Ano da Graça de Deus (Cf. Lc 4, 18-21).

Notamos que esse cego estava à margem do caminho, clama por Jesus duas vezes, dizendo Filho de Davi, tende piedade de mim. Embora, de modo equivocado, ver Jesus como messias triunfalista. Mas Jesus pára e pede que ele venha até Ele e diz: o que você quer que eu faça?

Com prontidão, o cego fala: que eu veja de novo! Não é uma visão qualquer, mas uma visão real da própria realidade humana que deve estar indo em comunhão com Deus e com os irmãos para o Reino definitivo que começa a sua construção aqui.

Para Jesus, a recuperação da visão está ligada à fé da pessoa que passa a seguir o verdadeiro Mestre, que é Jesus. Os discípulos e a multidão quase que impediram esse homem de recuperar a verdadeira visão e hoje muito de nós não deixamos os outros ter visão no encontro pessoal com Cristo.

É preciso fazer uma caminhada de fé e depois seguir Jesus pelos caminhos da vida, enfrentando as estruturas, as instituições e as pessoas que tolhem a Missão de Jesus. Este quer dar a verdadeira visão de vida e libertação para todos.

Amém!


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 15 de novembro de 2010

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