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terça-feira, 16 de novembro de 2010

“Religião não deve ser marginalizada da Vida Pública”, diz papa (Parte I)

por José Benedito Schumann Cunha
jbscteologo@gmail.com

O homem e a mulher têm por natureza de buscar o transcendente, isto é, a busca natural ao Deus criador de todas as coisas, inclusive a humana. Deus é a razão de tudo que existe, e tudo tem uma ordena natural. As criaturas, a natureza com seus animais, o vegetal e as aves são obras maravilhosas de Deus. Tudo que Deus faz é bom e foi dado ao homem e à mulher que foram criados à sua Imagem e Semelhança para que desenvolvam, protejam e administrem tudo, sem destruir. O homem deve ser livre para poder encontrar com o seu Criador e ter uma comunhão com Ele e com todos que o cercam.

O papa Bento XVI pede respeito à liberdade dos católicos para estes agirem segundo sua consciência. O pedido foi feito em Londres, capital da Inglaterra, no dia 17 de setembro de /2010. "A religião não é um problema que os legisladores devam solucionar, mas uma contribuição vital para o debate nacional", afirmou Bento XVI aos representantes do mundo político, social, acadêmico, cultural e empresarial britânico. Seu esperado discurso no Westminster Hall, lugar emblemático onde foi julgado e condenado São Thomas More por se opor ao rei Henrique VIII em nome de sua consciência, centrou-se em defender a necessidade de que a religião não seja marginalizada do debate público (www.zenit.org).

O papa expressou especial preocupação pela "crescente marginalização da religião, especialmente do cristianismo", em nações "tradicionalmente tolerantes", e convidou a um diálogo entre a fé e a razão. "O dilema que Moro enfrentou naqueles tempos difíceis, a perene questão da relação entre o que se deve ao César e o que se deve a Deus, me oferece a oportunidade de refletir brevemente convosco sobre o lugar apropriado das crenças religiosas no processo político", disse o papa aos presentes. O pontífice reconheceu e mostrou sua estima pelo papel que o parlamentarismo inglês teve na instauração da democracia (www.zenit.org).

O papa ainda ressaltou. “A tradição parlamentar deste país deve muito ao instinto nacional de moderação, ao desejo de alcançar um genuíno equilíbrio entre as legítimas reivindicações do governo e os direitos daqueles que estão sujeitos a ele", pontuou. Para ele, a Grã-Bretanha "se configurou como uma democracia pluralista que valoriza enormemente a liberdade de expressão, a liberdade de afiliação política e o respeito pelo papel da lei, com um profundo sentido dos direitos e deveres individuais e da igualdade de todos os cidadãos perante a lei" (www.zenit.org).

Nisso, ainda que com outra linguagem, tem muito em comum com a Doutrina Social da Igreja, "em sua preocupação primordial pela proteção da dignidade única de toda pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, e em sua ênfase nos deveres da autoridade civil para a promoção do bem comum", afirmou o papa (www.zenit.org).

Sobre a Ética e Política, o papa exorta e faz uma explanação da ideia de Thomas More, como podemos notar. Apesar dessas conquistas, "as questões fundamentais em jogo na causa de Thomas More continuam apresentando-se hoje em termos que variam segundo as novas condições sociais", observou Bento XVI. "Se os princípios éticos que sustentam o processo democrático não se regem por nada mais sólido que o mero consenso social, então este processo se apresenta evidentemente frágil. Aqui reside o verdadeiro desafio para a democracia", destacou o papa (www.zenit.org).

Neste sentido, "a recente crise financeira global mostrou claramente a inadequação de soluções pragmáticas e a curto prazo relativas a complexos problemas sociais e éticos. É opinião amplamente compartilhada que a falta de uma base ética sólida na atividade econômica contribuiu para agravar as dificuldades que agora milhões de pessoas estão padecendo no mundo inteiro", pensou. Igualmente, "a dimensão ética da política tem consequências de tal alcance, que nenhum governo pode se permitir ignorar", sublinhou. "A tradição católica afirma que as normas objetivas para uma ação justa de governo são acessíveis à razão, prescindindo do conteúdo da revelação", afirmou o papa (www.zenit.org).

Com estas palavras do papa Bento XVI, somos ajudados a entender que as relações sociais têm uma ligação com a política e a ética. Estas devem andar juntas para buscar a paz e o desenvolvimento dos povos na busca dos direitos fundamentais do homem, que é a vida com dignidade absoluta.


Bacharel em Teologia pela Pontificium Athenaeum S. Anselmi de Urbe (Roma/Itália) e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), José Benedito Schumann Cunha é engenheiro. Tem ainda formação em História e Pedagogia. Nasceu em 03 de abril de 1957, em Cristina, Minas Gerais. Atualmente mora em Itajubá (MG). Além de colaborar com o Blog da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Arquidiocese de Montes Claros, ajuda na Pascom da Paróquia São José Operário de Itajubá. Preside também Celebração da Palavra nesta Paróquia e em algumas paróquias vizinhas. Já esteve, por dois meses e meio, experimentando a vocação religiosa.

Texto pensado, produzido e escrito em 04 de outubro de 2010

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