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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Carlos Lacerda procurou João Goulart no exílio e pediu ajuda contra militares

Livro de filho de ex-presidente do Brasil revela episódios não contados pela história oficial; 2018 é o ano do centenário de nascimento de João Goulart


No livro que lançou nesta quinta-feira (26/10), às 19h, na Livraria Leitura, no Garden Shopping, João Vicente Goulart, filho do ex-presidente do Brasil, João Belchior de Marques Goulart, o Jango, revela que tem profundas convicções de que o pai dele foi sabotado com medicamentos, o que lhe provocou a morte como vítima de ataque fulminante do coração aos 47 anos de idade na sua fazenda em Mercedes, fronteira entre o Brasil e o Uruguai.

A revelação foi feita na manhã de quinta-feira (26/10), no programa Luiz Melo Entrevista (Rádio Diário FM 90,9), pelo assessor especial do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Charles Chelala, que coordena o lançamento da obra. Chelala disse que já leu o livro “Jango e eu: Memórias de um exílio sem volta”. Nele, o filho do ex-presidente aborda a possível sabotagem. “O João Vicente acha e defende que o pai dele foi sabotado, embora sem provas, mas com profundas convicções”, ilustra o assessor especial do senador Randolfe que, por sua vez, promove a sessão de autógrafos junto com a Fundação Cláudio Campos.

Charles Chelala também cita como passagem interessante no livro uma visita que o jornalista e político Carlos Lacerda fez a João Goulart, no exílio no Uruguai, mesmo sendo ele um dos principais artífices do apeamento de Jango do poder. Primeiramente, o opositor encontrou num elevador com dona Maria Tereza, a esposa de Goulart, perguntando-lhe se ela era a pessoa que ele estava pensando.

A mulher respondeu que era, sim, Maria Tereza, e perguntou: O que o senhor quer na minha casa? Conforme a descrição de Chelala, Lacerda procurou Jango para pedir-lhe apoio contra o regime militar que se instalara no Brasil, achando que a ditadura queria não apenas normalizar o país, mas se perpetuar no poder. Daí, no seu ponto de vista, organizar a volta da democracia.

Dona Tereza, por sua vez, ficou ainda mais chateada porque o marido mandara que ela fizesse comida “para aquele crápula”. “Jango e eu: Memórias de um exílio sem volta” está entre os dez títulos indicados para o Prêmio Jabuti de Ouro do corrente ano. O autor João Vicente Goulart é dirigente nacional do Partido Pátria Livre (PPL).

Como deu pra perceber na entrevista de Charles Chelala, o livro conta muito do que não está nos registros históricos, recuperando memórias de um período turbulento da vida do autor João Vicente.

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