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domingo, 22 de outubro de 2017

Pilantropia na $oebra$ permanece e Ju$ti$$a brasileira lava as mãos

Juíza cuja filha atuava para JBS favorece grupo acusado de fraude [$oebra$]


Maria do Carmo Cardoso, mãe da advogada Renata Gerusa, deu decisão favorável ao desbloqueio de bens de empresa do ex-prefeito de Montes Claros-MG, Ruy Muniz

 


A desembargadora do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª região, Maria do Carmo Cardoso, mãe da advogada Renata Gerusa do Prado de Araújo, que a revista “Veja” revelou ter atuado em nome da JBS na tentativa de compra de decisões judiciais, autorizou o desbloqueio de R$ 45 milhões que deveriam ser pagos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) à rede $oebra$, dona de empresas nos setores de educação e saúde, pertencente ao ex-prefeito de Montes Claros (MG), Ruy Muniz, e à deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG).

O repasse à $oebra$ foi bloqueado em junho de 2017, em razão da descoberta de fraude fiscal e desvio de recursos públicos pela empresa. O esquema fraudulento foi descoberto em 2016 e resultou na prisão de Ruy Muniz, em abril daquele ano, em episódio que se tornou célebre por ter ocorrido um dia após sua esposa, Raquel, dedicar seu voto pró-impeachment de Dilma Rousseff à gestão do marido em Montes Claros. “Meu voto é pra dizer que o Brasil tem jeito, o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão”, afirmou. [Em 10 meses de mandato, a atual administração (2017-2020) municipal só tem feito é arrumar as contas financeiras desajustadas do maior banco da cidade: a Prefeitura, como ocorreu com a administração municipal 2005-2008].

A Rede $oebra$ sofreu intervenção judicial em dezembro de 2016, depois de o Ministério Público Federal (MPF) descobrir que o grupo dos Muniz, dono de mais de 100 instituições de ensino e com faturamento de centenas de milhões de reais, estava inteiramente em nome de pessoas interpostas. Seu presidente, por exemplo, residia em um bairro humilde de Montes Claros. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as empresas ligadas à $oebra$ movimentaram R$ 2 bilhões e 270 milhões, entre 2012 e 2016, e tinham lucro transferido para organizações controladas pelos Muniz. A movimentação é considerada criminosa porque a $oebra$ goza de isenção fiscal por ser classificada como entidade beneficente de assistência social, ou seja, não pode dar lucro. [Antes de ser vereador na gestão 2012-2016, o militante de movimentos sociais, Eduardo Rodrigues Madureira, conseguiu a cassação do título de pilantropia da $oebra$. Esta solicitou notas frias à Central Cópias, tradicional empreendimento comercial de xerox situada à Rua Padre Augusto, centro da cidade. Mas os donos e trabalhadores do local negaram as notas frias e denunciaram a pilantropia].

Segundo a Receita Federal, a fraude fiscal é da ordem de R$ 300 milhões. O MPF havia pedido a condenação dos réus por danos morais coletivos em razão dos “inestimáveis prejuízos causados ao longo de anos a milhões de pessoas, distribuídas nas inúmeras cidades do território nacional em que o grupo tem atuação”, e a recuperação dos valores fraudados. 

A decisão da desembargadora ocorreu em 6 de outubro, três dias antes de ela sair de férias por 60 dias. Contudo, foi submetida ao sistema do TRF1 somente no dia 10, quando Maria do Carmo já estava fora do batente. Segundo o texto, Maria do Carmo considerou que o bloqueio causava “dano irreparável” à empresa e comprometeria seu funcionamento. O desbloqueio, contudo, ainda não foi concretizado. Um mandado de segurança apresentado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), encarregada de tentar recuperar os recursos desviados, foi julgado pela desembargadora Gilda Sigmaringa Seixas, que, em caráter liminar, suspendeu o desbloqueio e transferiu a decisão para a Primeira Turma num prazo de 60 dias. Como o período deverá coincidir com o recesso do Judiciário, a expectativa é de que o bloqueio dos Muniz perdure, ao menos, até 2018.

Negociatas

Renata, filha da desembargadora, é investigada por ter trocado dezenas de mensagens com o diretor jurídico da JBS, Francisco de Assis e Silva, em que ambos traçam estratégias para obter decisões favoráveis a empresas do grupo - seja por meio de “pagamentos em espécie”, como eles próprios definem, seja por meio tráfico de influência - em processos sob relatoria de Maria do Carmo e de pelo menos três ministros do Superior Tribunal de Justiça: Napoleão MaiaMauro Campbell e João Otávio Noronha.


Fonte: Revista “Olha” com edições e acréscimos



Mansão dos Muniz à Rua Mirabela, Bairro Ibituruna, região excessivamente rica de Montes Claros-MG, comprada de Wilson Cunha para pagar dívida de campanha. Em abril de 2016, trabalhador da notícia fez 40 minutos de silêncio em protesto contra os 40 trabalhadores da notícia demitidos sem justa causa do jornal "Hoje em Dia" em 28 de fevereiro de 2016.

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