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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Polêmicas e perversidades pequeno-burguesas

Outra polêmica a se desfazer é sobre a seguinte frase de Karl Marx: “a religião é o ópio do povo”. Essa expressão marxista ganhou ares universais, como se Marx, Engels e todos os comunistas fossem inimigos das religiões. Marx nasceu e cresceu sob a influência da religião judaica na Alemanha. Casou-se e só teve uma mulher por quem nutriu o mais profundo e real amor. Criou e multiplicou sete descendentes em um período social e econômico muito mais complicado do que este século XXI.  


É de se ter bom senso para ler a frase completa e não difundi-la fora do seu contexto histórico ou por pura perversidade pequeno-burguesa.

05 DE MAIO DE 2018: CELEBRAÇÃO DOS 
200 ANOS DE NASCIMENTO DE KARL MARX

A primeira vez que vimos essa frase foi na Coleção Folha Grandes Fotógrafos (2007). A introdução da coleção destacava a frase completa de Marx: “a religião é o ópio do povo, é o suspiro da criatura oprimida, fruto de situações sociais sem coração e sem espírito”.




Muito antes do inventado Estado de Israel surgir em 1949, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), do saudoso Vladimir Lênin, já protegia os judeus dos preconceitos de classe e de religião burgueses. Hoje os judeus estão presentes mais na Rússia. O inventado Estado de Israel conta atualmente em sua população com 70% de judeus ateus por causa da absurda guerra movida contra os palestinos, os verdadeiros donos da terra prometida.


Muito certamente, se Karl Marx e Friedrich Engels tivessem, por exemplo, nascido no Norte de Minas Gerais, onde a religião se desenvolveu de forma mais progressista a partir de 1910 [hoje vemos uma religião claramente intimista e para dentro dos templos, característica histórica de épocas de crises econômicas], provavelmente eles teriam outra visão da religião.


E no tempo histórico (século XIX) em que Marx e Engels viveram, não tínhamos outros ópios do povo, como verificamos hoje: o consumo desenfreado, o desejo incontrolável de possuir bens, carnaval, o futebol, a mídia, a cocaína, a maconha, a bebida alcoólica, os clubes de maçons e rotarianos, o trabalho, o lazer, etc.


No século XIX, Marx alertava também para a questão da “mulher como presa e servidora da luxúria coletiva”, problemática intensificada nestes tempos confusos posmodernosos em que o trabalho é definido como lazer. O trabalhador só é feliz em seu período de folga, já alertavam Karl Marx e Friedrich Engels.



O trabalho pleno só pode ser seriamente desenvolvido na sociedade socialista. Já a sociedade capitalista precisa da produção de desempregados (reserva de mercado) para se reproduzir, mesmo com meios de subsistência suficientes para suprir todos os nove bilhões de seres humanos que vivem neste Planeta Terra, como os da Somália, na super-explorada África.       

       


Se Karl Marx, Friedrich Engels e os marxistas ortodoxos estão errados, o que levaria então um sumo pontífice a fazer a seguinte declaração ou seria profecia: “O grande escândalo da Igreja no século XIX foi ter perdido o contato com a classe operária”, Papa Pio XI.


“Relativamente aos Alemães, que se julgam desprovidos de qualquer pressuposto, devemos lembrar a existência de um primeiro pressuposto de toda a existência humana e, portanto, de toda a história, a saber, que os seres humanos devem estar em condições de poder viver a fim de ‘fazer história’. Mas, para viver, é necessário antes de mais nada beber, comer, ter um teto onde se abrigar, vestir-se, etc. O primeiro fato histórico é pois a produção dos meios que permitem satisfazer as necessidades, a produção da própria vida material; trata-se de um fato histórico, de uma condição fundamental de toda a história, que é necessário, tanto hoje como há milhares de anos, executar dia a dia, hora a hora, a fim de manter os seres humanos vivos. Mesmo quando a realidade sensível se reduz a um simples pedaço de madeira, ao mínimo possível, como em São Bruno, essa mesma realidade implica a atividade que produz o pedaço de madeira. Em qualquer concepção histórica, é primeiro necessário observar este fato fundamental em toda a sua importância e extensão e colocá-lo no lugar que lhe compete. Todos sabem que os alemães nunca o fizeram; nunca tiveram uma base terrestre para a história e nunca tiveram, por isso, nenhum historiador. Tanto os franceses como os ingleses, se bem que apenas se apercebessem da conexão entre este fato e a história de um ponto de vista bastante restrito, e sobretudo enquanto se mantiveram prisioneiros da ideologia política, não deixaram por isso de levar a cabo as primeiras tentativas para dar à historiografia uma base materialista, escrevendo as primeiras histórias da sociedade civil, do comércio e da indústria.”

A Ideologia Alemã (Primeiro Capítulo), por Karl Marx e Friedrich Engels

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