Muito
curiosa a moda brasileira. Em tempos de crise econômica, social e política, a
barba de Karl Marx (1818-1883) e os cabelos estilos negros voltam à tona. A Coleção
Ping Pong Futebol Cards, de 1978, mostra bem isso. Apesar de ser propagandeada
como o milagre econômico do Estado Ditatorial Brasileiro (1964-1985), toda a
década de 1970 foi de arrocho salarial para o proletariado nacional, incluindo
aqui proprietários de pequenas e médias empresas, e jogadores de futebol.
O
hoje técnico de futebol do Fluminense e que viveu agora a dor de perder um filho
por suicídio, Abel Carlos da Silva Braga, tinha a cabeleira semelhante à do
jogador negro Marcelo, atualmente no Real Madrid. Abel vestia as cores do Clube
de Regatas Vasco da Gama. Nasceu a 1º de setembro de 1952 na capital do Estado
do Rio de Janeiro. Pesava naquela época 86 quilos e media 1 metro e 90
centímetros. Jogava como zagueiro de área. Já havia defendido as equipes do Fluminense
F. C. e Seleção Brasileira (1978). Foi campeão carioca em 1977 pelo Vasco.
“Seu
primeiro contrato como atleta profissional foi em 1972 pelo Fluminense, a mesma
equipe onde iniciara ainda nos juvenis. Em 16 de fevereiro de 1977, ingressou
no Vasco da Gama e já neste ano conquistava o título de Campeão Carioca. No ano
seguinte, já estava na Seleção Nacional, na Copa da Argentina, como reserva da
zaga-direita. Abel está atualmente no segundo ano do Curso de Advocacia.
Preocupa-se com a sua vestimenta e gosta de cinema, teatro e pesca submarina.
Seus artistas favoritos são: Luiz Gustavo, Milton Moraes, Mário Lago e Jorge
Doria, e o prato preferido é o churrasco”. Foi a figurinha de número 65 da
Coleção Ping Pong Futebol Cards, de 1978.
Quase
todos os jogadores do Vasco traziam o mesmo estilo adotado pelo branco Abel
Braga. Também branco pela aparência, Orlando tinha vastas cabeleiras e um
bigode tipo do líder soviético Josef Stalin, além de uma corrente de ouro no
pescoço. Seu nome era Orlando Pereira. Nasceu em 22 de janeiro de 1949, em
Santos, São Paulo. Media 1 metro e 82 centímetros e pesava 81 quilos. Era
lateral-direito. Já defendeu as equipes do Santos F. C., da Seleção Brasileira
(1978) e do América F. C., do Rio de Janeiro. “Começou sua carreira no Santos
F. C. e depois de uma curta temporada, por empréstimo, no norte do país,
transferiu-se para o América carioca, onde causou boa impressão e foi logo
adquirido pelo Vasco da Gama. Neste clube obteve o melhor momento de sua
carreira ao conquistar o título estadual, chegando até a vestir a camisa da
Seleção Brasileira. Orlando, se não fosse jogador, gostaria de ser engenheiro.
Nas horas de lazer, o que mais aprecia é dedicar-se à família e passear com os
filhos. Seus artistas preferidos são Gal Gosta, Elis Regina, Chico Buarque e
Ilka Soares, e o prato predileto é a feijoada”. Foi a figurinha de número 63 da
Coleção Ping Pong Futebol Cards, de 1978.
O
Vasco da Gama foi um dos primeiros times de futebol a mostrar indignação contra
o racismo nesse esporte. No início do século XX, o futebol era elitizado, como
o golfe e o tênis ainda o são. Com as cores da camisa semelhantes à do Vasco, a
Ponte Preta, de Campinas/SP, foi o primeiro time de futebol a ter um negro em
seu plantel.
O
Bangu, no Rio de Janeiro, apresentou-se como o primeiro clube carioca a aceitar
negros em seu quadro de jogadores. Até hoje as piadinhas de mau gosto rondam
Bangu como time de “marginais”.
Vale
lembrar que a escravidão terminou em 13 de maio de 1888. Logo em seguida
aconteceu a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Um banho de
água fria na vida dos negros. A ideologia dominante iniciou a contratação de
imigrantes como a sua nova mão-de-obra. Mal sabia ela que a primeira metade do
século XX seria caracterizada por revoltas desses mesmos por melhores condições
de vida. Contudo, ao contrário do que nos transmite a mídia grande, o negro original
se parecia mais com a cultura indígena: gostava da paz e da natureza. Fugiu
para terras longe de problemas políticos e econômicos para valorizar a cultura social
de subsistência (Canudos/BA entra aqui como um exemplo. Acolheu milhares de
índios, negros, mamelucos, mestiços, mulatos, bastardos, etc). Ocuparam terras
devolutas (terras públicas que ninguém queria e que hoje são cobiçadas pelos
latifundiários ambiciosos e avarentos de plantão). Feito memória agora em 20 de novembro, Zumbi dos Palmares viveu de 1655 a 1695, muito antes de se ousar pensar em abolição da escravatura. Zumbi dos Palmares foi um líder militar e espiritual semelhante à figura carismática de Antônio Conselheiro.
Outro jogador branco do Vasco da Gama
que possuía cabelos encaracolados e grandes era o Carlos Roberto O. da Cunha, o
Gaúcho. Nasceu em 03 de março de 1953 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Media
1 metro e 83 centímetros de altura. Pesava 81 quilos. Era zagueiro-de-área.
Obteve o título de campeão carioca pelo Vasco em 1977. Foi “formado nos
próprios juvenis do Vasco da Gama de onde saiu em primeiro de janeiro de 1977,
quando se tornou profissional e foi diretamente promovido ao time principal.
Gaúcho considera a personalidade e a força de vontade fundamentais na carreira
do jogador. Sempre que consegue um tempo livre aproveita para estudar e, se não
fosse jogador de futebol, desejaria ser advogado. Aprecia também um bom papo
com os amigos e não tem ambição maior que a de se tornar pai. Os artistas de
que mais gosta são Chico Anísio e Roberto Carlos. Seu prato predileto é a
rabada”. Sua figurinha foi a de número 64 da Coleção Ping
Pong Futebol Cards, de 1978 e que completará 40 anos em 2018.
O Vasco da
Gama “foi fundado em 1898 como Clube de Regatas. Só anos mais tarde, em 03 de
maio de 1916, com a fusão com o Lusitana F. C., ingressava na Liga, estreando
na terceira divisão. Em 1922, o Vasco da Gama foi campeão da divisão de acesso
e, no seu primeiro ano de campeonato carioca, sagrou-se campeão da Liga
Metropolitana de Desportos Terrestres. Ídolos de todos os tempos: Rei,
Russinho, Itália, Fausto, Brilhante, Niginho, Domingos da Guia, Danillo, Ademir
Menezes, Jair, Isaías, Lelé, Ely, Almir, Barbosa. Títulos: campeão carioca em
1923, 1924, 1929, 1934, 1936, 1945, 1947, 1949, 1950, 1952, 1956, 1958, 1970 e
1977. Venceu o Torneio Rio/São Paulo em 1958 e 1966. Foi campeão nacional em
1974 e campeão dos campeões sul-americano no Chile em 1948”.
Um negro no
Vasco naquele período era o Marco Antônio Feliciano. Nasceu em 06 de fevereiro
de 1951 em Santos, São Paulo. Havia defendido a A. A. Portuguesa (Santos) e o
Fluminense F. C. no Rio de Janeiro. Conquistou os títulos de campeão carioca em
1975 pelo Fluminense e em 1977 pelo próprio Vasco. Foi campeão do mundo pela
seleção brasileira em 1970. “Quando jogava ainda na categoria infantil,
transferiu-se da Portuguesa Santista para o Fluminense do Rio, onde passou para
a fase juvenil e fez-se profissional. O Vasco da Gama contratou-o em 1976.
Marco Antônio tem o título de detetive particular e seria esta a profissão que
seguiria caso não fosse jogador. Sua maior decepção na carreira foi não ter sido
titular na seleção tricampeã de 1970. Ele gosta de cinema, televisão e jogo de
buraco. Admira Sônia Braga, Jorge Ben, Martinho da Vila e Chico Buarque. Seu
prato predileto é a feijoada”. Sua figurinha foi a de número 60 da Coleção Ping
Pong Futebol Cards, de 1978 e que completará 40 anos em 2018.
A figurinha de
número 61 da Coleção Ping Pong Futebol Cards informa sobre o branco, sorridente
e de cabelos grandes Guina, batizado Aguinaldo Roberto Gallon. Nasceu em 04 de
fevereiro de 1958, em Ribeirão Preto/SP. Media 1 metro e 76 centímetros de
altura. Pesava 76 quilos. Era atacante. Já defendeu a equipe do Comercial F. C.
(Ribeirão Preto). Conquistou o título de campeão carioca em 1977 pelo Vasco. “Teve
uma fase brilhante de carreira quando defendia o Comercial de Ribeirão Preto e
chegou até a seleção brasileira juvenil, participando de torneios
internacionais como o Mundial da Tunísia. Em 1977, transferiu-se para o Vasco
da Gama e logo sagrou-se campeão carioca. Guina seria professor de Educação
Física, caso não fosse jogador. Seus passatempos preferidos são cinema e música
e os artistas que mais aprecia são Roberto Carlos, Martinho da Vila, Jair
Rodrigues e Sônia Braga. O seu prato predileto é macarronada”.
A figurinha de
número 67 da Coleção Ping Pong Futebol Cards detalha um pouco a respeito da
vida de Helinho, o Hélio dos Santos Lima, negro. Nasceu em 11 de novembro de
1955 no Rio de Janeiro/RJ. Tinha a altura de 1 metro e 68 centímetros. Pesava
67 quilos. Era meio-campista. Havia defendido a A. A. Portuguesa Carioca. Fez
parte da equipe do Vasco campeã carioca em 1977. “Despontou na Portuguesa do
Rio como um jogador de alto valor tático por se adaptar facilmente em todos os
setores do meio de campo. Seu passe foi adquirido pelo Vasco onde até o momento
Helinho tem correspondido às expectativas da torcida. Ele se declara muito
sensível às vaias da torcida, que desagradam mesmo quando não são a ele dirigidas.
Gosta muito de praia e camping e seus artistas favoritos são John Wayne, João
Nogueira, Paulinho da Viola, Roberto Carlos, Glória Menezes e Regina Duarte. O
seu prato predileto é filé com fritas”.
A figurinha de
número 57 da Coleção Ping Pong Futebol Cards destaca o branco e cabeludo
Roberto Dinamite, batizado Carlos Roberto de Oliveira. Nascido em 13 de abril
de 1954, em Caxias, Rio de Janeiro, tinha 1 metro e 82 centímetros e pesava 81
quilos. Era centroavante. Jogou pela seleção brasileira na Copa do Mundo de
1978. Foi campeão carioca pelo Vasco em 1978. “Formado nas equipes de baixo do
próprio Vasco, Roberto Dinamite apareceu como um dos maiores goleadores da
nossa atual geração de jogadores, destacando-se entre suas principais
qualidades o drible, o chute forte e o senso de gol. Isto valeu-lhe a
convocação para o selecionado nacional e sua escalação em vários jogos do
Mundial da Argentina. Ele queria ser médico, se não fosse jogador, e sempre
toma a precaução de entrar com o pé direito em campo. Seu hobby favorito é
pescaria e os artistas de que mais gosta são Roberto Carlos e Martinho da Vila.
O prato que prefere acima de todos é o que sua esposa faz”.
A figurinha de
número 56 da Coleção Ping Pong Futebol Cards indica quem é o branco goleiro
Leão, batizado Emerson Leão. Nasceu em 11 de julho de 1949, em Ribeirão
Preto/SP. Tinha 1 metro e 82 centímetros e pesava 80 quilos. Defendeu o E. C.
São José (de São José do Rio Preto), a Sociedade Esportiva Palmeiras e a
seleção brasileira nas copas do mundo de 1970, 1974 e 1978. Foi campeão mundial
em 1970, campeão paulista em 1972, 1974 e 1976, campeão brasileiro em 1972 e
1973, campeão da Taça da Cidade de São Paulo em 1972 e do Torneio Carranza,
todos pelo Palmeiras. “Muito dedicado nos treinos, Leão é considerado um dos
três melhores goleiros do mundo. Começou na seleção em 1969, ano em que foi
contratado pelo Palmeiras e, desde 1974, é titular absoluto da posição. Na Copa
da Argentina, conseguiu manter sua meta invicta durante 457 minutos, batendo o
recorde em Copa do Mundo de minutos sem tomar gols. É formado em Educação
Física. Seu prato predileto é arroz ao forno, e seu ídolo é Falcão”.
A figurinha de
número 58 da Coleção Ping Pong Futebol Cards descreve Paulinho, nome completo,
Paulo Luiz Massariol, nascido em 03 de abril de 1958 em Piracicaba, São Paulo. Tinha
1 metro e 75 centímetros de altura. Pesava 75 quilos. Era centroavante.
Defendeu o XV de Novembro de Piracicaba, de São Paulo/SP. Foi campeão carioca
em 1977 pelo Vasco da Gama. “Revelou-se no XV de Novembro onde começou como
juvenil. O Vasco da Gama comprou seu passe em 1977 para dividir funções com
Roberto Dinamite. Na Copa Brasil 1978, seu talento manifestou-se novamente e
tornou-se o goleador máximo da competição. Se não fosse jogador, Paulinho
gostaria de ser jornalista. Suas principais diversões são cinema, leitura e
música. Os seus artistas favoritos são Kirk Douglas, Clark Gable, Grande Otelo,
Francisco Cuoco, Grace Kelly e Gina Lolobrigida. Paulinho adora rabada,
especialmente a feita no Vasco”.
A figurinha de
número 70 da Coleção Ping Pong Futebol Cards traz a descrição do negro e
sorridente Wilsinho, nome completo, Wilson Costa de Mendonça, nascido em 03 de
outubro de 1956 no Rio de Janeiro/RJ. Tinha 1 metro e 69 centímetros. Pesava 63
quilos. Atuava na ponta-direita. Defendeu o juvenil do Vasco. Foi campeão
carioca pelo mesmo em 1977. “Revelação do próprio Vasco onde começou sua
carreira ainda nos juvenis, seu bom drible, velocidade e bom arremate logo se
sobressaíram e o levaram ao time principal. Pela sua regularidade e excelentes
atuações, chegou à seleção brasileira e, em fins de 1977, jogou contra o Milan,
da Itália, no Maracanã. Wilson acredita que a disciplina é fundamental na
carreira do jogador de futebol, dentro e fora de campo. Ele acha que seria
desenhista, caso tivesse de escolher outra carreira. Os artistas que mais
admira são Clara Nunes, Roberto Carlos e Alcione. Como diversão, gosta de jogar
voleibol e de uma tranquila pescaria. O seu prato predileto é fritas com ovos”.
A figurinha de
número 54 da Coleção Ping Pong Futebol Cards é a do jogador de futebol negro com
a camisa vascaína Fernando Manoel da Rocha, nascido em 1º de julho de 1953, em
Recife, Pernambuco. Tinha 1 metro e 84 centímetros e pesava 84 quilos. Era
zagueiro-lateral. “Veio dos juvenis do Vasco da Gama. Uma das melhores
revelações da equipe e do futebol carioca. Ele considera o ter se firmado no
Vasco a sua maior vitória na carreira até agora. Ele gostaria de ser médico,
caso não fosse jogador, e admite que não consegue evitar a decepção cada vez
que perde um jogo. Como diversão, suas opções vão para o cinema e o teatro.
Admira Chico Buarque, Gilberto Gil, Renato Aragão e diverte-se com o Pato
Donald. Os pratos de que mais gosta são as especialidades baianas”.
A figurinha de
número 273 da Coleção Ping Pong Futebol Cards é a do branco Toninho Vanuza,
batizado Antônio José dos Santos, nascido em 26 de maio de 1956, em São
Paulo/SP. Tinha 1 metro e 75 centímetros de altura. Pesava 69 quilos. Era
meio-de-campo. Defendeu o Náutico de Recife, Pernambuco e a Sociedade Esportiva
Palmeiras/SP. “Iniciou nos juvenis do Palmeiras e destacou-se na seleção
brasileira de amadores. Após duas excelentes temporadas no Náutico do Recife, o
Palmeiras chamou-o de volta. Agora, contratado pelo Vasco, Toninho Vanuza terá
a chance que precisa para se firmar definitivamente. Teve um momento difícil na
sua carreira quando de uma recuperação cirúrgica no joelho. Bastante dedicado
aos treinos, ele também está concluindo um curso de Processamento de Dados. É
fã de Tarcísio Meira, Regina Duarte e Roberto Carlos. Seus ídolos são Ademir da
Guia e Rivelino, e o prato que mais gosta é feijoada”.
Feijoada é o
prato típico da senzala, onde os negros se alimentavam, dormiam, cantavam e dançavam
a alegria de ser da sua raça. Muitos jogadores do Vasco já mencionaram a
feijoada como a sua comida favorita.
A figurinha de
número 253 da Coleção Ping Pong Futebol Cards é a do goleiro Jair Antônio
Bragança dos Reis. Nasceu em 16 de novembro de 1949, no Rio de Janeiro/RJ.
Tinha 1 metro e 86 centímetros. Pesava 85 quilos. Defendeu o Bonsucesso F. C. (RJ)
e o Ceará Sporting Clube. “O Vasco adquiriu seu passe junto ao Sporting do
Ceará para torná-lo o arqueiro suplente de Mazzaropi e, antes disso, ele teve
ainda uma passagem pelo Bonsucesso do Rio. Jair gostaria de ser advogado, se
não fosse jogador de futebol, e afirma não ter tido decepções em sua carreira.
Ele se interessa por cinema, leitura e música e gosta muito de praia. Nas horas
de lazer, dedica-se mais à família. Entre os artistas de que mais gosta, estão Roberto
Carlos, Sônia Braga e Martinho da Vila. Seu prato predileto é a lasanha”.
A figurinha de
número 69 da Coleção Ping Pong Futebol Cards é a do Paulo Roberto F. Campos.
Nasceu em 17 de novembro de 1952, em Feira de Santana, Bahia. Tinha 1 metro e
73 centímetros de altura. Pesava 69 quilos. Era meio-de-campo. Defendeu a
equipe do Fluminense de Feira F. C. Foi campeão carioca em 1977 pelo Vasco. “Surgiu
no Fluminense de sua cidade natal e destacou-se pela sua grande vitalidade,
desembaraço e por ser um meio-de-campo que sabe marcar com precisão. Em 1976, o
Vasco foi buscar o seu passe e, na equipe cruzmaltina, em 1977, conquistou o
primeiro título de sua carreira. Para ele, o mais importante na vida do jogador
é a persistência. Se não fosse jogador de futebol, gostaria de ser advogado.
Sua religião é a espírita, ‘como todo bom baiano’. Os artistas prediletos são Sônia
Braga, Sandra Bréa e Tina Charles. Gosta muito de música e de curtir um som. O
angu à baiana é o seu prato favorito”.
A figurinha de
número 66 da Coleção Ping Pong Futebol Cards conta sobre Ramon da Silva Ramos.
Nascido em 12 de março de 1950, em Sirinhaém, Pernambuco, tinha 1 metro e 71
centímetros. Pesava 72 quilos. Era atacante. Defendeu o Santa Cruz do
Pernambuco e o Internacional de Porto Alegre/RS. “Revelação do Santa Cruz e do
futebol pernambucano, onde conquistou a fama de emérito homem gol, tornou-se o
artilheiro do Campeonato Nacional de 1973. O Internacional foi buscá-lo na
expectativa de transferir suas qualidades de goleador para o Beira-Rio, mas não
foi bem sucedido e Ramon retornou para o Santa. Foi então a vez do Vasco
contratá-lo, mantendo-o como um jogador de muitas opções para o ataque. Dentre
as diversões, Ramon prefere a praia e o cinema. Sônia Braga e Francisco Cuoco são
os artistas de que mais gosta e o prato predileto é a feijoada. Seu maior sonho
é ver o filho formado”.
Gostemos ou
não do futebol, sabemos que ele é o retrato fiel da cultura da sociedade
brasileira, uma mistura de europeus brancos, negros e índios. Gostemos ou não
de feriados, o Dia Nacional da Consciência Negra é momento de reflexão sobre as
questões raciais nacionais.
Esta Coleção Ping
Pong Futebol Cards de 1978 à qual temos acesso era originalmente do advogado e
professor Otávio Augusto Neiva de Melo Franco. Tinha 12 anos na época da
coleção. Nasceu em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, em 20 de janeiro de
1970. Para completar o time do Vasco da Gama, faltaram-lhe as figurinhas dos
craques Geraldo (zagueiro-de-área) e Paulo César (também zagueiro).
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