ALVORADA

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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A moda negra e o futebol

Muito curiosa a moda brasileira. Em tempos de crise econômica, social e política, a barba de Karl Marx (1818-1883) e os cabelos estilos negros voltam à tona. A Coleção Ping Pong Futebol Cards, de 1978, mostra bem isso. Apesar de ser propagandeada como o milagre econômico do Estado Ditatorial Brasileiro (1964-1985), toda a década de 1970 foi de arrocho salarial para o proletariado nacional, incluindo aqui proprietários de pequenas e médias empresas, e jogadores de futebol.

O hoje técnico de futebol do Fluminense e que viveu agora a dor de perder um filho por suicídio, Abel Carlos da Silva Braga, tinha a cabeleira semelhante à do jogador negro Marcelo, atualmente no Real Madrid. Abel vestia as cores do Clube de Regatas Vasco da Gama. Nasceu a 1º de setembro de 1952 na capital do Estado do Rio de Janeiro. Pesava naquela época 86 quilos e media 1 metro e 90 centímetros. Jogava como zagueiro de área. Já havia defendido as equipes do Fluminense F. C. e Seleção Brasileira (1978). Foi campeão carioca em 1977 pelo Vasco.

“Seu primeiro contrato como atleta profissional foi em 1972 pelo Fluminense, a mesma equipe onde iniciara ainda nos juvenis. Em 16 de fevereiro de 1977, ingressou no Vasco da Gama e já neste ano conquistava o título de Campeão Carioca. No ano seguinte, já estava na Seleção Nacional, na Copa da Argentina, como reserva da zaga-direita. Abel está atualmente no segundo ano do Curso de Advocacia. Preocupa-se com a sua vestimenta e gosta de cinema, teatro e pesca submarina. Seus artistas favoritos são: Luiz Gustavo, Milton Moraes, Mário Lago e Jorge Doria, e o prato preferido é o churrasco”. Foi a figurinha de número 65 da Coleção Ping Pong Futebol Cards, de 1978.

Quase todos os jogadores do Vasco traziam o mesmo estilo adotado pelo branco Abel Braga. Também branco pela aparência, Orlando tinha vastas cabeleiras e um bigode tipo do líder soviético Josef Stalin, além de uma corrente de ouro no pescoço. Seu nome era Orlando Pereira. Nasceu em 22 de janeiro de 1949, em Santos, São Paulo. Media 1 metro e 82 centímetros e pesava 81 quilos. Era lateral-direito. Já defendeu as equipes do Santos F. C., da Seleção Brasileira (1978) e do América F. C., do Rio de Janeiro. “Começou sua carreira no Santos F. C. e depois de uma curta temporada, por empréstimo, no norte do país, transferiu-se para o América carioca, onde causou boa impressão e foi logo adquirido pelo Vasco da Gama. Neste clube obteve o melhor momento de sua carreira ao conquistar o título estadual, chegando até a vestir a camisa da Seleção Brasileira. Orlando, se não fosse jogador, gostaria de ser engenheiro. Nas horas de lazer, o que mais aprecia é dedicar-se à família e passear com os filhos. Seus artistas preferidos são Gal Gosta, Elis Regina, Chico Buarque e Ilka Soares, e o prato predileto é a feijoada”. Foi a figurinha de número 63 da Coleção Ping Pong Futebol Cards, de 1978.

O Vasco da Gama foi um dos primeiros times de futebol a mostrar indignação contra o racismo nesse esporte. No início do século XX, o futebol era elitizado, como o golfe e o tênis ainda o são. Com as cores da camisa semelhantes à do Vasco, a Ponte Preta, de Campinas/SP, foi o primeiro time de futebol a ter um negro em seu plantel.

“O primeiro clube que se tem notícia fundado com a participação de um negro no Brasil foi a Ponte Preta, de Campinas-SP, em 1900, que teve entre seus fundadores Miguel do Carmo, um dos primeiros jogadores da equipe. Miguel do Carmo também pode ser considerado o primeiro jogador negro do país. O próprio nome do time que é conhecido como “Ponte” traz a insígnia “Preta”, como se já desde os seus primórdios fosse destinada a ser um baluarte na luta pela integração racial. A Ponte Preta também é chamada de “Macaca”, um apelido pejorativo que acabou caindo no gosto dos torcedores. Em 1907 foi fundado no Rio Grande do Sul, o Riograndense, que teve entre seus fundadores o negro Francisco Rodrigues, pai de Lupcínio Rodrigues, autor de um dos hinos mais belos do futebol brasileiro, o do Grêmio”

O Bangu, no Rio de Janeiro, apresentou-se como o primeiro clube carioca a aceitar negros em seu quadro de jogadores. Até hoje as piadinhas de mau gosto rondam Bangu como time de “marginais”.


Vale lembrar que a escravidão terminou em 13 de maio de 1888. Logo em seguida aconteceu a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889. Um banho de água fria na vida dos negros. A ideologia dominante iniciou a contratação de imigrantes como a sua nova mão-de-obra. Mal sabia ela que a primeira metade do século XX seria caracterizada por revoltas desses mesmos por melhores condições de vida. Contudo, ao contrário do que nos transmite a mídia grande, o negro original se parecia mais com a cultura indígena: gostava da paz e da natureza. Fugiu para terras longe de problemas políticos e econômicos para valorizar a cultura social de subsistência (Canudos/BA entra aqui como um exemplo. Acolheu milhares de índios, negros, mamelucos, mestiços, mulatos, bastardos, etc). Ocuparam terras devolutas (terras públicas que ninguém queria e que hoje são cobiçadas pelos latifundiários ambiciosos e avarentos de plantão). Feito memória agora em 20 de novembro, Zumbi dos Palmares viveu de 1655 a 1695, muito antes de se ousar pensar em abolição da escravatura. Zumbi dos Palmares foi um líder militar e espiritual semelhante à figura carismática de Antônio Conselheiro.  

                
Outro jogador branco do Vasco da Gama que possuía cabelos encaracolados e grandes era o Carlos Roberto O. da Cunha, o Gaúcho. Nasceu em 03 de março de 1953 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Media 1 metro e 83 centímetros de altura. Pesava 81 quilos. Era zagueiro-de-área. Obteve o título de campeão carioca pelo Vasco em 1977. Foi “formado nos próprios juvenis do Vasco da Gama de onde saiu em primeiro de janeiro de 1977, quando se tornou profissional e foi diretamente promovido ao time principal. Gaúcho considera a personalidade e a força de vontade fundamentais na carreira do jogador. Sempre que consegue um tempo livre aproveita para estudar e, se não fosse jogador de futebol, desejaria ser advogado. Aprecia também um bom papo com os amigos e não tem ambição maior que a de se tornar pai. Os artistas de que mais gosta são Chico Anísio e Roberto Carlos. Seu prato predileto é a rabada”. Sua figurinha foi a de número 64 da Coleção Ping Pong Futebol Cards, de 1978 e que completará 40 anos em 2018.

O Vasco da Gama “foi fundado em 1898 como Clube de Regatas. Só anos mais tarde, em 03 de maio de 1916, com a fusão com o Lusitana F. C., ingressava na Liga, estreando na terceira divisão. Em 1922, o Vasco da Gama foi campeão da divisão de acesso e, no seu primeiro ano de campeonato carioca, sagrou-se campeão da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres. Ídolos de todos os tempos: Rei, Russinho, Itália, Fausto, Brilhante, Niginho, Domingos da Guia, Danillo, Ademir Menezes, Jair, Isaías, Lelé, Ely, Almir, Barbosa. Títulos: campeão carioca em 1923, 1924, 1929, 1934, 1936, 1945, 1947, 1949, 1950, 1952, 1956, 1958, 1970 e 1977. Venceu o Torneio Rio/São Paulo em 1958 e 1966. Foi campeão nacional em 1974 e campeão dos campeões sul-americano no Chile em 1948”.

Um negro no Vasco naquele período era o Marco Antônio Feliciano. Nasceu em 06 de fevereiro de 1951 em Santos, São Paulo. Havia defendido a A. A. Portuguesa (Santos) e o Fluminense F. C. no Rio de Janeiro. Conquistou os títulos de campeão carioca em 1975 pelo Fluminense e em 1977 pelo próprio Vasco. Foi campeão do mundo pela seleção brasileira em 1970. “Quando jogava ainda na categoria infantil, transferiu-se da Portuguesa Santista para o Fluminense do Rio, onde passou para a fase juvenil e fez-se profissional. O Vasco da Gama contratou-o em 1976. Marco Antônio tem o título de detetive particular e seria esta a profissão que seguiria caso não fosse jogador. Sua maior decepção na carreira foi não ter sido titular na seleção tricampeã de 1970. Ele gosta de cinema, televisão e jogo de buraco. Admira Sônia Braga, Jorge Ben, Martinho da Vila e Chico Buarque. Seu prato predileto é a feijoada”. Sua figurinha foi a de número 60 da Coleção Ping Pong Futebol Cards, de 1978 e que completará 40 anos em 2018.

A figurinha de número 61 da Coleção Ping Pong Futebol Cards informa sobre o branco, sorridente e de cabelos grandes Guina, batizado Aguinaldo Roberto Gallon. Nasceu em 04 de fevereiro de 1958, em Ribeirão Preto/SP. Media 1 metro e 76 centímetros de altura. Pesava 76 quilos. Era atacante. Já defendeu a equipe do Comercial F. C. (Ribeirão Preto). Conquistou o título de campeão carioca em 1977 pelo Vasco. “Teve uma fase brilhante de carreira quando defendia o Comercial de Ribeirão Preto e chegou até a seleção brasileira juvenil, participando de torneios internacionais como o Mundial da Tunísia. Em 1977, transferiu-se para o Vasco da Gama e logo sagrou-se campeão carioca. Guina seria professor de Educação Física, caso não fosse jogador. Seus passatempos preferidos são cinema e música e os artistas que mais aprecia são Roberto Carlos, Martinho da Vila, Jair Rodrigues e Sônia Braga. O seu prato predileto é macarronada”.

A figurinha de número 67 da Coleção Ping Pong Futebol Cards detalha um pouco a respeito da vida de Helinho, o Hélio dos Santos Lima, negro. Nasceu em 11 de novembro de 1955 no Rio de Janeiro/RJ. Tinha a altura de 1 metro e 68 centímetros. Pesava 67 quilos. Era meio-campista. Havia defendido a A. A. Portuguesa Carioca. Fez parte da equipe do Vasco campeã carioca em 1977. “Despontou na Portuguesa do Rio como um jogador de alto valor tático por se adaptar facilmente em todos os setores do meio de campo. Seu passe foi adquirido pelo Vasco onde até o momento Helinho tem correspondido às expectativas da torcida. Ele se declara muito sensível às vaias da torcida, que desagradam mesmo quando não são a ele dirigidas. Gosta muito de praia e camping e seus artistas favoritos são John Wayne, João Nogueira, Paulinho da Viola, Roberto Carlos, Glória Menezes e Regina Duarte. O seu prato predileto é filé com fritas”.

A figurinha de número 57 da Coleção Ping Pong Futebol Cards destaca o branco e cabeludo Roberto Dinamite, batizado Carlos Roberto de Oliveira. Nascido em 13 de abril de 1954, em Caxias, Rio de Janeiro, tinha 1 metro e 82 centímetros e pesava 81 quilos. Era centroavante. Jogou pela seleção brasileira na Copa do Mundo de 1978. Foi campeão carioca pelo Vasco em 1978. “Formado nas equipes de baixo do próprio Vasco, Roberto Dinamite apareceu como um dos maiores goleadores da nossa atual geração de jogadores, destacando-se entre suas principais qualidades o drible, o chute forte e o senso de gol. Isto valeu-lhe a convocação para o selecionado nacional e sua escalação em vários jogos do Mundial da Argentina. Ele queria ser médico, se não fosse jogador, e sempre toma a precaução de entrar com o pé direito em campo. Seu hobby favorito é pescaria e os artistas de que mais gosta são Roberto Carlos e Martinho da Vila. O prato que prefere acima de todos é o que sua esposa faz”.

A figurinha de número 56 da Coleção Ping Pong Futebol Cards indica quem é o branco goleiro Leão, batizado Emerson Leão. Nasceu em 11 de julho de 1949, em Ribeirão Preto/SP. Tinha 1 metro e 82 centímetros e pesava 80 quilos. Defendeu o E. C. São José (de São José do Rio Preto), a Sociedade Esportiva Palmeiras e a seleção brasileira nas copas do mundo de 1970, 1974 e 1978. Foi campeão mundial em 1970, campeão paulista em 1972, 1974 e 1976, campeão brasileiro em 1972 e 1973, campeão da Taça da Cidade de São Paulo em 1972 e do Torneio Carranza, todos pelo Palmeiras. “Muito dedicado nos treinos, Leão é considerado um dos três melhores goleiros do mundo. Começou na seleção em 1969, ano em que foi contratado pelo Palmeiras e, desde 1974, é titular absoluto da posição. Na Copa da Argentina, conseguiu manter sua meta invicta durante 457 minutos, batendo o recorde em Copa do Mundo de minutos sem tomar gols. É formado em Educação Física. Seu prato predileto é arroz ao forno, e seu ídolo é Falcão”.  

A figurinha de número 58 da Coleção Ping Pong Futebol Cards descreve Paulinho, nome completo, Paulo Luiz Massariol, nascido em 03 de abril de 1958 em Piracicaba, São Paulo. Tinha 1 metro e 75 centímetros de altura. Pesava 75 quilos. Era centroavante. Defendeu o XV de Novembro de Piracicaba, de São Paulo/SP. Foi campeão carioca em 1977 pelo Vasco da Gama. “Revelou-se no XV de Novembro onde começou como juvenil. O Vasco da Gama comprou seu passe em 1977 para dividir funções com Roberto Dinamite. Na Copa Brasil 1978, seu talento manifestou-se novamente e tornou-se o goleador máximo da competição. Se não fosse jogador, Paulinho gostaria de ser jornalista. Suas principais diversões são cinema, leitura e música. Os seus artistas favoritos são Kirk Douglas, Clark Gable, Grande Otelo, Francisco Cuoco, Grace Kelly e Gina Lolobrigida. Paulinho adora rabada, especialmente a feita no Vasco”.

A figurinha de número 70 da Coleção Ping Pong Futebol Cards traz a descrição do negro e sorridente Wilsinho, nome completo, Wilson Costa de Mendonça, nascido em 03 de outubro de 1956 no Rio de Janeiro/RJ. Tinha 1 metro e 69 centímetros. Pesava 63 quilos. Atuava na ponta-direita. Defendeu o juvenil do Vasco. Foi campeão carioca pelo mesmo em 1977. “Revelação do próprio Vasco onde começou sua carreira ainda nos juvenis, seu bom drible, velocidade e bom arremate logo se sobressaíram e o levaram ao time principal. Pela sua regularidade e excelentes atuações, chegou à seleção brasileira e, em fins de 1977, jogou contra o Milan, da Itália, no Maracanã. Wilson acredita que a disciplina é fundamental na carreira do jogador de futebol, dentro e fora de campo. Ele acha que seria desenhista, caso tivesse de escolher outra carreira. Os artistas que mais admira são Clara Nunes, Roberto Carlos e Alcione. Como diversão, gosta de jogar voleibol e de uma tranquila pescaria. O seu prato predileto é fritas com ovos”.     

A figurinha de número 54 da Coleção Ping Pong Futebol Cards é a do jogador de futebol negro com a camisa vascaína Fernando Manoel da Rocha, nascido em 1º de julho de 1953, em Recife, Pernambuco. Tinha 1 metro e 84 centímetros e pesava 84 quilos. Era zagueiro-lateral. “Veio dos juvenis do Vasco da Gama. Uma das melhores revelações da equipe e do futebol carioca. Ele considera o ter se firmado no Vasco a sua maior vitória na carreira até agora. Ele gostaria de ser médico, caso não fosse jogador, e admite que não consegue evitar a decepção cada vez que perde um jogo. Como diversão, suas opções vão para o cinema e o teatro. Admira Chico Buarque, Gilberto Gil, Renato Aragão e diverte-se com o Pato Donald. Os pratos de que mais gosta são as especialidades baianas”.

A figurinha de número 273 da Coleção Ping Pong Futebol Cards é a do branco Toninho Vanuza, batizado Antônio José dos Santos, nascido em 26 de maio de 1956, em São Paulo/SP. Tinha 1 metro e 75 centímetros de altura. Pesava 69 quilos. Era meio-de-campo. Defendeu o Náutico de Recife, Pernambuco e a Sociedade Esportiva Palmeiras/SP. “Iniciou nos juvenis do Palmeiras e destacou-se na seleção brasileira de amadores. Após duas excelentes temporadas no Náutico do Recife, o Palmeiras chamou-o de volta. Agora, contratado pelo Vasco, Toninho Vanuza terá a chance que precisa para se firmar definitivamente. Teve um momento difícil na sua carreira quando de uma recuperação cirúrgica no joelho. Bastante dedicado aos treinos, ele também está concluindo um curso de Processamento de Dados. É fã de Tarcísio Meira, Regina Duarte e Roberto Carlos. Seus ídolos são Ademir da Guia e Rivelino, e o prato que mais gosta é feijoada”.

Feijoada é o prato típico da senzala, onde os negros se alimentavam, dormiam, cantavam e dançavam a alegria de ser da sua raça. Muitos jogadores do Vasco já mencionaram a feijoada como a sua comida favorita.
   
A figurinha de número 253 da Coleção Ping Pong Futebol Cards é a do goleiro Jair Antônio Bragança dos Reis. Nasceu em 16 de novembro de 1949, no Rio de Janeiro/RJ. Tinha 1 metro e 86 centímetros. Pesava 85 quilos. Defendeu o Bonsucesso F. C. (RJ) e o Ceará Sporting Clube. “O Vasco adquiriu seu passe junto ao Sporting do Ceará para torná-lo o arqueiro suplente de Mazzaropi e, antes disso, ele teve ainda uma passagem pelo Bonsucesso do Rio. Jair gostaria de ser advogado, se não fosse jogador de futebol, e afirma não ter tido decepções em sua carreira. Ele se interessa por cinema, leitura e música e gosta muito de praia. Nas horas de lazer, dedica-se mais à família. Entre os artistas de que mais gosta, estão Roberto Carlos, Sônia Braga e Martinho da Vila. Seu prato predileto é a lasanha”.

A figurinha de número 69 da Coleção Ping Pong Futebol Cards é a do Paulo Roberto F. Campos. Nasceu em 17 de novembro de 1952, em Feira de Santana, Bahia. Tinha 1 metro e 73 centímetros de altura. Pesava 69 quilos. Era meio-de-campo. Defendeu a equipe do Fluminense de Feira F. C. Foi campeão carioca em 1977 pelo Vasco. “Surgiu no Fluminense de sua cidade natal e destacou-se pela sua grande vitalidade, desembaraço e por ser um meio-de-campo que sabe marcar com precisão. Em 1976, o Vasco foi buscar o seu passe e, na equipe cruzmaltina, em 1977, conquistou o primeiro título de sua carreira. Para ele, o mais importante na vida do jogador é a persistência. Se não fosse jogador de futebol, gostaria de ser advogado. Sua religião é a espírita, ‘como todo bom baiano’. Os artistas prediletos são Sônia Braga, Sandra Bréa e Tina Charles. Gosta muito de música e de curtir um som. O angu à baiana é o seu prato favorito”.

A figurinha de número 66 da Coleção Ping Pong Futebol Cards conta sobre Ramon da Silva Ramos. Nascido em 12 de março de 1950, em Sirinhaém, Pernambuco, tinha 1 metro e 71 centímetros. Pesava 72 quilos. Era atacante. Defendeu o Santa Cruz do Pernambuco e o Internacional de Porto Alegre/RS. “Revelação do Santa Cruz e do futebol pernambucano, onde conquistou a fama de emérito homem gol, tornou-se o artilheiro do Campeonato Nacional de 1973. O Internacional foi buscá-lo na expectativa de transferir suas qualidades de goleador para o Beira-Rio, mas não foi bem sucedido e Ramon retornou para o Santa. Foi então a vez do Vasco contratá-lo, mantendo-o como um jogador de muitas opções para o ataque. Dentre as diversões, Ramon prefere a praia e o cinema. Sônia Braga e Francisco Cuoco são os artistas de que mais gosta e o prato predileto é a feijoada. Seu maior sonho é ver o filho formado”.

Gostemos ou não do futebol, sabemos que ele é o retrato fiel da cultura da sociedade brasileira, uma mistura de europeus brancos, negros e índios. Gostemos ou não de feriados, o Dia Nacional da Consciência Negra é momento de reflexão sobre as questões raciais nacionais.


Esta Coleção Ping Pong Futebol Cards de 1978 à qual temos acesso era originalmente do advogado e professor Otávio Augusto Neiva de Melo Franco. Tinha 12 anos na época da coleção. Nasceu em Montes Claros, Norte de Minas Gerais, em 20 de janeiro de 1970. Para completar o time do Vasco da Gama, faltaram-lhe as figurinhas dos craques Geraldo (zagueiro-de-área) e Paulo César (também zagueiro). 







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