“Nossos burgueses, não contentes em
ter à sua disposição as mulheres e as filhas dos proletários, sem falar da
prostituição oficial, têm singular prazer em cornearem-se uns aos outros.” Manifesto
Comunista [aquilo que é comum a todas as pessoas] de 1848, de Marx e Engels
Ele
trabalhava seguidamente durante 10 anos no difícil serviço de combater o bom
combate. Entre projetos e voluntariados (não daqueles tipos de servir os
bilionários reprodutores do capital esportivo Copa do Mundo e Olimpíadas),
tentou conciliar fragilmente trabalho manual e intelectual na sociedade
capitalista. Durou até meados de 2013.
A
partir daí, intensificou-se no aparelho burguês de concreto. Ganhou mais
capital, porém perdeu vida. Conheceu pessoas amorosas que não desejam nada mais
o que todo mundo deseja: uma saúde melhor, uma educação verdadeiramente
inclusiva, um transporte decente, alimentação saudável, vestuário, moradia
digna, lazer. O trabalhador só é feliz em seu período de folga. E a culpa da
crise são dos feriados, babam de raiva os extremistas, como se feriados não
colaborassem para a reprodutibilidade sistêmica. São as válvulas de escape da
sociedade contemporânea.
Ele
transformava-se em um típico burguês, naquilo que mais odiava. Explodiu em
fevereiro, em março, em abril, em maio, em junho, em julho. Queria simplesmente
possuir e tratar tudo como objetos coisificados, como clientes esportistas afetados
do vôlei tratam aqueles que estão ali para os servirem. Um santo surto
psicótico o salvou daquela arquitetura da destruição. Hoje procura juntar os cacos, pois, recomeçar jamais. A vida é sempre história, seja ela boa ou má. Depende
do seu juízo de valor burguês ou proletário.
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