Representante do Setor Juventude
Arquidiocesano, Lucas Fabiano Chaves, chamou a atenção para as dificuldades de
acesso ao primeiro emprego em Montes Claros. Isto porque, quando se constata a
existência de vaga de emprego no Sistema Nacional de Emprego (Sine), na cidade,
exige-se experiência, o que inviabiliza a ocupação da vaga. E a inserção no
mercado de trabalho, sustenta, é fundamental para tirar os jovens das drogas, o
mesmo ocorrendo com o acesso ao esporte e à cultura. (Matéria “Câmara defende trabalho para
jovens”, publicada na Editoria de Política, página 03, do “Jornal de Notícias”,
de sexta-feira, 10 de novembro de 2017)
“Sentar-se para produzir livros, que é
coisa fácil, é impossível quando se é consumido pela intranquilidade e
ansiedade e não há tempo para a tarefa mais difícil de todas, que é a de
produzir seres humanos” (José Martí)
POR Quintino de Quadros Vieira
Eu
estou velho, com 83 anos. Moro em Botumirim, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Aposentei-me como vendedor
após trabalhar intensamente os 35 anos exigidos pelo Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS). Contribui estatal e religiosamente do meu
salário-mínimo para hoje viver com dificuldades na cidade. Resolvi migrar para
o interior. Com o que arrecadei durante três décadas e meia, comprei um sitiozinho.
Moro na roça e sobrevivo do que planto e colho.
O
Estado cria leis para privilegiar os oprimidos da vez: os menores aprendizes, as cotas para deficientes, os homo-afetivos. Esquece-se que é tudo ser humano e que cada um nasce, precisa se desenvolver, ser criança, adolescer... ... ... ... ...,
virar jovem, alimentar-se, estudar, vestir-se, virar adulto, trabalhar,
constituir família, envelhecer... Essa ladainha toda. Mas tudo isso custa caro
na sociedade capitalista supostamente democrática. Aos 40 anos, já me chamavam de
“tiozinho” (velho!!!) antes da proliferação das redes sociais virtuais.
Há
famílias que sobrevivem na contemporaneidade do século XXI sem sequer ter um
colchão para dormir. Mas, elas obedecem o versículo bíblico do “criai-vos e
multiplicai-vos”, mais do que quaisquer famílias tradicionais brasileiras ilusoriamente
defensoras daquilo que lhe são próprias. Em tempos de crise cíclica econômica,
essas famílias, nos períodos de bonança, são liberais. Na épocas de arrocho salarial,
são conservadoras. E esbravejam sobre os comunistas, os ditos culpados por
todos os males do capitalismo!!!
E
eu aqui a produzir letras na esperança de conquistar o meu pão de cada dia.
Morreria de fome, se não aliasse o meu trabalho manual com o meu trabalho
intelectual.
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