ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Separação

Representante do Setor Juventude Arquidiocesano, Lucas Fabiano Chaves, chamou a atenção para as dificuldades de acesso ao primeiro emprego em Montes Claros. Isto porque, quando se constata a existência de vaga de emprego no Sistema Nacional de Emprego (Sine), na cidade, exige-se experiência, o que inviabiliza a ocupação da vaga. E a inserção no mercado de trabalho, sustenta, é fundamental para tirar os jovens das drogas, o mesmo ocorrendo com o acesso ao esporte e à cultura. (Matéria “Câmara defende trabalho para jovens”, publicada na Editoria de Política, página 03, do “Jornal de Notícias”, de sexta-feira, 10 de novembro de 2017)

“Sentar-se para produzir livros, que é coisa fácil, é impossível quando se é consumido pela intranquilidade e ansiedade e não há tempo para a tarefa mais difícil de todas, que é a de produzir seres humanos” (José Martí)

POR Quintino de Quadros Vieira

Eu estou velho, com 83 anos. Moro em Botumirim, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Aposentei-me como vendedor após trabalhar intensamente os 35 anos exigidos pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Contribui estatal e religiosamente do meu salário-mínimo para hoje viver com dificuldades na cidade. Resolvi migrar para o interior. Com o que arrecadei durante três décadas e meia, comprei um sitiozinho. Moro na roça e sobrevivo do que planto e colho.

O Estado cria leis para privilegiar os oprimidos da vez: os menores aprendizes, as cotas para deficientes, os homo-afetivos. Esquece-se que é tudo ser humano e que cada um nasce, precisa se desenvolver, ser criança, adolescer... ... ... ... ..., virar jovem, alimentar-se, estudar, vestir-se, virar adulto, trabalhar, constituir família, envelhecer... Essa ladainha toda. Mas tudo isso custa caro na sociedade capitalista supostamente democrática. Aos 40 anos, já me chamavam de “tiozinho” (velho!!!) antes da proliferação das redes sociais virtuais.

Há famílias que sobrevivem na contemporaneidade do século XXI sem sequer ter um colchão para dormir. Mas, elas obedecem o versículo bíblico do “criai-vos e multiplicai-vos”, mais do que quaisquer famílias tradicionais brasileiras ilusoriamente defensoras daquilo que lhe são próprias. Em tempos de crise cíclica econômica, essas famílias, nos períodos de bonança, são liberais. Na épocas de arrocho salarial, são conservadoras. E esbravejam sobre os comunistas, os ditos culpados por todos os males do capitalismo!!!       


E eu aqui a produzir letras na esperança de conquistar o meu pão de cada dia. Morreria de fome, se não aliasse o meu trabalho manual com o meu trabalho intelectual.        

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