ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Mágoa de Sertanejo

RENOVAR E RESGATAR A ESPERANÇA 
E A VIDA NA TERRA

“Na teimosia os poetas constroem a alegria de viver”

Assembleia Regional da Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Norte de Minas Gerais
Diocese de Montes Claros-MG
De 29 a 31 de julho de 1994

Mágoa de Sertanejo

Antigamente tudo aqui era beleza fruto da mãe natureza que nos dava inspiração quando existiam muitas fontes e cascatas, lindas flores, verdes matas, tinha mais vida o sertão.

A gente ouvia o cantar da passarada. Ao romper da madrugada, acordando o sertão, belas pastagens, animais de toda espécie, muitos frutos, terras férteis para toda a plantação.

O sertanejo trabalhava satisfeito, conservava seus costumes e suas tradições, mas lentamente o progresso foi chegando... Tudo aos poucos transformando e agravou-se a situação. A atitude de pessoas desumanas, com a ganância tirana, e falta de compreensão, queimando matas, vejam agora o que nos resta: devastou nossas florestas, transformou-as em carvão.

Com propagandas, foram surgindo as herbicidas, também os inseticidas e outros insumos mais. E o resultado é que a terra está morrendo, poluindo os nossos rios e matando os animais.

Os governantes nos enganam com promessas. Implantam grandes projetos, dizem ser a solução, mas só aumentam os barracos nas favelas. Crescem a fome, a miséria e a desestruturação.

Quase chorando, meditando nesta mágoa, rabisquei umas palavras e saiu esta canção. Canção que fala da nossa mãe natureza destruída, indefesa e trabalhador sem pão.

Não sou poeta. Sou apenas um caipira. E o tema que me inspira é a vida no sertão. Voltando louco de ver o povo organizado, lutando pelos direitos, combatendo a opressão.


Autor: João José Pereira, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha-MG 

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