- Não, também
não vou batizar mais. Vou trabalhar no campo, nos campos verdes, e ficar mais
perto de toda a gente. E não vou ensinar mais nada a ninguém. Eu é que vou
tratar de aprender. Vou aprender por que os homens andam pelos campos, vou
ouvi-los falar e cantar. Vou olhar as crianças comerem mingau e os homens e mulheres sacudirem os colchões das camas de
noite. Vou comer com eles e aprender com eles. – Seus olhos tornaram-se úmidos
e brilharam. – Vou me deitar na grama, aberta e honestamente, com quem me
queira. Vou gritar e praguejar à vontade e vou ouvir as canções populares. É
isso é que é sagrado, é tudo isto que eu não pude até agora compreender. Isto é
o verdadeiro, o bom.
Casey, pregador
que batizou Tom Joad
que perdeu a
fé ao longo da vida
Página 121 do
Livro “As Vinhas da Ira”, de John Steinbeck, sobre os efeitos sociais da crise
econômica de 1929 nos Estados Unidos
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