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quinta-feira, 9 de novembro de 2017

POLÊMICA - Globo afasta William Waack após jornalista ser acusado de racismo

É preto, é coisa de preto”, disse o apresentador em um vídeo que circula na internet 

DA REDAÇÃO

Depois de ser acusado de racismo por causa de um vídeo que circula nas redes sociais, o jornalista e apresentador do “Jornal da Globo”, William Waack, foi afastado nesta quarta-feira (08/11) da emissora, que divulgou uma nota sobre o caso no portal “G1”.

No vídeo, o jornalista está ao lado de um entrevistado, poucos minutos de entrar no ar, em frente à Casa Branca, nos Estados Unidos. Na rua, um motorista começa a buzinar o carro por alguns segundos, o que irrita o jornalista. “Está buzinando por que, seu m... do c...?”, diz Waack.

Na sequência da gravação, ele se vira para o entrevistado e diz algo parecido como “é preto, é coisa de preto”. O entrevistado ri e o jornalista completa com um “com certeza”. 

Leia, na íntegra, a nota do G1 

A Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações. Nenhuma circunstância pode servir de atenuante. Diante disso, a Globo está afastando o apresentador William Waack de suas funções em decorrência do vídeo que passou hoje a circular na internet, até que a situação esteja esclarecida.

Nele, minutos antes de ir ao ar num vivo durante a cobertura das eleições americanas do ano passado, alguém na rua dispara a buzina e, Waack, contrariado, faz comentários, ao que tudo indica, de cunho racista. Waack afirma não se lembrar do que disse, já que o áudio não tem clareza, mas pede sinceras desculpas àqueles que se sentiram ultrajados pela situação.

William Waack é um dos mais respeitados profissionais brasileiros, com um extenso currículo de serviços ao jornalismo. A Globo, a partir de amanhã, iniciará conversas com ele para decidir como se desenrolarão os próximos passos.




Crônica

Ele era mulatinho, traços árabes, cabelos grisalhos e de aparência séria na televisão. Transmitia credibilidade. Apresentava o jornal daquela emissora que nasceu com a Ditadura Militar Brasileira (1964-1985). Essa odiava presos comuns e presos políticos. A Ditadura criou até o tráfico de drogas com o envolvimento do delegado Sérgio Paranhos Fleury no crime dito organizado. Era toda uma época sombria política, econômica e socialmente. Era?

Logo depois da apresentação do jornal, longe dos refletores do estúdio, ele retirava o pó de arroz que a maquiagem lhe passava todo dia no rosto; a peruca grisalha para esconder as orelhas grandes de Dumbo, o elefantinho camarada; os cílios postiços; as lentes de contato azuis; o batom (para a boca parecer mais vermelha, sensível, amorosa e sofisticada); o terno; a gravata; as meias pretas; a camisa e a calça sociais. Ah! Retirava também a dentadura. Até os seus dentes eram postiços. Era banguelo, pior, para a ideologia dominante burguesa, que Tião Macalé, mas com o bolsa-social-aparelho-conversor-digital instalado na televisão analógica de seu apartamento sem vizinhos.  


Depois vestia uma cueca samba-canção, uma bermuda branca e uma blusa vermelha. Colocava o boné virado para trás e saía para a sua folga a cantar CandeiaBezerra da SilvaCartolaOriginais do SambaClara NunesJoão e Diogo NogueiraNélson SargentoWilson das NevesPaulo César PinheiroNelson CavaquinhoWilson BatistaNoel RosaZé KétiAlcioneDona Ivone LaraÉ tudo negro mesmo!!!       

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