Em Montes Claros, no ano de 2016, cerca de
999 bebês nasceram com menos de 37 semanas de gestação.
Novembro é o mês que sensibiliza a
população sobre o nascimento de bebês prematuros, aqueles que nascem antes do
tempo previsto. De acordo com a Superintendência Regional de Saúde, em Montes Claros,
no ano de 2016, cerca de 999 bebês nasceram com menos de 37 semanas de
gestação.
Amanda Cristinne, passou por essa
experiência há cinco anos, quando, com 26 semanas de gravidez, teve
insuficiência do colo uterino e seu filho Heitor nasceu com aproximadamente 28
cm e com 725 gramas.
“Eu fiz pré-natal e vários
ultrassons, mas infelizmente não constavam que era uma gravidez de risco. Assim
que ele nasceu, o entubaram, pois ele era considerado um prematuro extremo. A
médica de plantão viu que já havia dilatado tudo, então, não tinha como fazer
nada, só esperar e tentar segurá-lo o máximo de tempo possível na barriga, pois
seria melhor pra ele”, explicou.
A pediatra Januse Vieira destacou
algumas das causas mais comuns de prematuridade. “Uma gestação geralmente dura
de 37 a 42 semanas. Deste modo, todo bebê nascido cuja gestação tenha durado
menos de 37 semanas completas é considerado prematuro, e o que mais causa essa
prematuridade é a gravidez de risco, hipertensão, gravidez antes dos 20 anos de
idade, infecções congênitas, má formação do bebê, entre outras. “A pediatra Januse Vieira destaca também os cuidados
especiais que se deve ter antes da gestação e após o nascimento do bebê
prematuro. “Um acompanhamento de pré-natal adequado, ultrassom e avaliação
periódica, orientações antes e depois da gestação, são indispensáveis para uma
gravidez sem intercorrência”, lembra.
Heitor ficou na internação cerca de
90 dias, segundo Amanda. “Meu filho respirava com ajuda de aparelhos, pois o
pulmão não havia formado direito, ele era um prematuro extremo. Mas, durante
todo o tempo que ficou internado, íamos visitá-lo e eu para retirar o leite
para ele”, diz.
A mãe de Heitor ressalta ainda a
importância do acompanhamento que teve durante a gestação. “Hoje, ele está com
quatro anos, cheio de saúde! Acho fundamental as pessoas entenderem a
importância do pré-natal e dos exames, para não correrem riscos ou terem surpresas
mais à frente. Como já sei desse problema, e que posso ter outros partos
prematuros, então, em uma futura gestação o pré-natal será de extrema
importância”.
Crônica
Foi o tempo que dedicaste às tuas
crias que as fizeram tão importantes. A menina, que não tinha o segundo grau
completo, parafraseava um dos livros mais vendidos do mundo: O Pequeno
Príncipe, de Saint Exupéry, sobre as memórias do autor francês durante a 2ª Grande
Guerra Mundial (1939-1945). Era a sua terceira gestação. Teve a primeira na
adolescência. A segunda veio, mas se encantou com três meses de gravidez. A
terceira estava fadada a nascer após dois anos do aborto espontâneo e de
seguidas tentativas dos pais de gerarem uma nova vida.
A neném se desenvolveu. O útero era
a sua casa bastante aconchegante. O cordão umbilical, a sua mamadeira. Não
queria sair de jeito nenhum dali. Sentia ali dentro que, do lado de fora, sua
mãe e seu pai viviam aflitos com os problemas contemporâneos da super avançada
e excludente sociedade capitalista urbanizada. A bebê não tinha pressa em
nascer. Estava melhor no mundo interior da sua mãe.
Já cansada de carregar a gravidez
por quase 10 meses, a mãe, de cerca de um metro e cinquenta centímetros de
altura, valente, pressentia que o nascimento da menina ocorreria daqui a pouco.
Não esperou virada de ano. Veio ao mundo para dar esperança de vida a quem quer
viver. Berrou de muito choro ao sair do ventre materno, contudo, hoje abre facilmente
o sorriso para todos os seres humanos que têm fé encarnada na realidade social,
política e econômica do Brasil Real de Machado de Assis e de Canudos/BA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário