Cristo Rei e a justiça Universal
Hoje estamos celebrando a
Festa do Cristo Rei, e desse modo encerramos o ano litúrgico. Durante esse
ano percorremos a historia da nossa salvação que se culmina de modo grandioso
com Cristo Rei e o julgamento universal.
A
liturgia bíblica deste domingo nos faz compreender que Jesus é Rei e o
seu reino já foi instalado entre nós. Quem semeou foi Cristo, obediente ao
projeto de Deus para salvar a humanidade e transformar esse mundo em valores e
pilares de justiça, de amor, de partilha, de compaixão, de solidariedade, de
amor e de misericórdia que se faz na difusão do perdão entre as pessoas. Somos discípulos
de Cristo e queremos percorrer a sua estrada e Ele vai nos construir novamente
em um homem novo.
Como sabemos que Cristo é Rei e como
distinguimos a sua realeza? Assim vamos mostrar em três aspectos dessa realeza:
NO livro do profeta Ezequiel Deus
se revela de modo sem máscara como Pastor, pois Ele é quem conduz o povo ao bem
como pastor de ovelhas e quer bem delas. O profeta Ezequiel denuncia os maus
pastores que só aproveitam e tiram vantagens ilícitas do seu povo. Eles exploram
e abusaram o seu povo, trazendo misérias, morte e desgraça por toda parte. E
ainda revela a catástrofe final de Jerusalém e o exílio do seu povo.
Quando os governantes são maus e
corruptos, isso traz do tipo de violência humana como mortes, misérias e
doenças sem nenhuns cuidados por falta de recursos materiais e humanos. Agora o
nosso Deus se compadece do seu povo e Ele mesmo quer ser o Rei Pastor que vai
levar o seu Povo para campinas verdejantes e águas cristalinas. (cf. Ez 34,
11-12.15-17). Se quisermos ser guiados por um Deus que cuida de todos, então
reflita o Salmo 23 .
Na carta de São Paulo aos Coríntios
nos apresenta Jesus como Rei Soberano, pois Ele é o vencedor da morte e do
pecado, estabelecendo em todos a sua realeza universal. Jesus é a primícia de
todos nós com a sua vitoriosa ressurreição. Agora todos que morreram e os que
morrem têm aberta a porta do céu, mas que se deve fazer a peregrinação nesta
terra, construindo pontes que levam a verdadeira vida, restabelecendo a fraternidade
na mesa da Palavra e da eucaristia. (cf. 1Cor 15,20-26.28)
Finalmente, o evangelista Mateus
nos apresenta Jesus como Rei Juiz. Jesus nos julga nos nossos atos nesta vida e
no juízo final vai premiar os bons e deixará os maus de lado. Isso é porque Ele
é justo. (cf. Mt 25,31-46)
Quem constrói a casa deve
preocupar não com luxo, mas com a base sólida e firme e que ela seja segura
sempre. Jesus virá na sua gloria e separará as ovelhas dos cabritos, isto é os
bons dos maus, pois Deus sonda os nossos corações e as nossas intenções. O que
vai valer na hora julgamento pessoal com Ele e no juízo final será as nossas obras
de caridade, de misericórdia, de perdão, de partilha e de solidariedade pelos
que mais sofrem no nosso meio. Nós podemos ser balsamos aos que estão às
margens da vida como os pobres, os mendigos, os moradores de rua e os que são
dependentes de álcool e drogas.
Que esta liturgia nos transforme e
faz com que o nosso coração frio se desperte e aqueça de amor de Deus para que
possamos ser agentes de transformação de nossa sociedade. E que a justiça e a misericórdia
reinem em todos os corações. Amém
Tudo por Jesus nada sem Maria.
Bacharel em Teologia e Filósofo
Jose Benedito Schumann Cunha
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