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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Economia e Política dissociadas?

POR Wagner Gomes
gomeswagner@gmail.com

Henrique Meirelles se porta como um nome para a disputa presidencial de 2018, por lhe atribuírem grande sucesso na condução de nossa economia. No entanto, não consigo enxergar um crescimento sustentável, em um horizonte de médio prazo. Persiste, latente, o velho conflito entre os ajustes econômicos e a estabilidade política. Temer foi engolido por um vendaval de denúncias que o obrigou às concessões em todo o seu credo econômico. Em seu governo a política desmoralizou a verdade e, através de um grande balcão de negócios, retroalimentou uma velha estrutura viciada, também conhecida pelo sutil codinome de “toma lá, dá cá”, para se manter no poder.
 
A recente aprovação do novo Refis deixou-nos temerosos de que a correta postura de honrar obrigações tributárias se transforme em nódoa ardilosa representada pelo axioma do caloteiro. A estabilização econômica está longe de ser atingida, apesar da queda consistente da inflação. A tímida elevação do PIB [Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas por uma nação; pode-se falar em nação hoje ou em multinações, nações globais, nações multiculturais e internacionais?] se assenta, de forma artificial, no aumento temporário do consumo, fruto da generosa liberação e saque de R$ 44 bilhões do FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de Serviço].

Além do valor dedicado ao consumo de boa parte dessa parcela, outra fatia importante foi utilizada no pagamento de dívidas, permitindo que o trabalhador possa voltar a endividar-se. Nesse enfoque, outro ciclo fugaz de crescimento nos mesmos moldes poderia se estender até o próximo ano, hipótese robustecida pela liberação de mais R$ 16 bilhões do PIS/Pasep [Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público], já em plena época de saque. 

Findo esse efeito, teremos um encontro com a realidade nua e crua, na qual permanecerão as condições que atrelam o crescimento da dívida pública ao déficit crescente e desordenado. Como é difícil defender o indefensável, e após Meirelles andar pedindo orações para a nossa economia, rendo-me às evidências, para adotar “a teoria do exame das provas acima de dúvida razoável”, do desembargador João Pedro Gebran Neto.

Caso não seja aprofundado o ajuste fiscal e deslanchada a reforma tributária, como diria o presidiário e novo guardião de nosso vernáculo, Wesley Batista, “Nóis vai pagá prá vê quando chegá 2019”. E Cármen Lúcia, hein, quem diria?


*Os acréscimos em colchetes e em negrito são do Coletivus Urbanus 

A SOCIEDADE CALA!!! O CORPO FALA!!!




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