(...)
Logo nos primeiros dias da Ditadura Militar (1964-1985) denúncias de tortura
vêm à tona. “Terrorismo, não!” – era a manchete do jornal “Correio da Manhã” (RJ),
que havia apoiado o golpe militar, já no dia 3 de abril de 1964. No mesmo mês,
a imprensa noticia os primeiros casos de torturas. Nos primeiros três meses, a
lista de torturados - algumas vítimas já envolvendo setores das Forças Armadas -
chega a 39 nomes. Alguns casos ficaram tristemente famosos, como o do líder
comunista Gregório Bezerra, arrastado pelas ruas do Recife, capital do
Pernambuco, Nordeste do Brasil, por um jipe do Exército.
(...) [Página 194 do livro “Retrato do Brasil: da
Monarquia ao Estado Militar”, Volume I, Ano 1984]
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Em São Paulo/SP, o jornalista Wladimir Herzog apresenta-se voluntariamente para
depor. Mas, no dia 25 de outubro de 1975, morre em consequências de torturas
nas dependências do DOI-CODI do 2º Exército. As explicações oficiais são de
suicídio, mas esboroa-se ante as evidências. Em circunstâncias semelhantes, o
operário Manoel Fiel Filho tem o mesmo destino. (...) [Página 196 do livro “Retrato do Brasil: da
Monarquia ao Estado Militar”, Volume I, Ano 1984]
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