A conceder às pessoas a bondade que nos é peculiar em um
mundo capitalista sem coração e sem espírito, corremos sérios riscos de nos
esvaziarmos de afetos. A operacionalização diária do trabalho nos carrega para
a autonomia solitária pura e simplesmente.
Quem consegue ser capaz de sentir humanidade por outras
pessoas na sociedade capitalista acaba se desgastando mais, desprendendo-se
bastante, revolucionando-se a todo instante. Aquele que não traz em si os
preconceitos burgueses se torna alvo fácil de brincadeiras típicas da cultura
capitalista do desleixo e da pura gozação.
Os valores desta sociedade contemporânea, agora tecnológica,
estão apodrecidos. A podridão social engendrada pelo capitalismo entra na pele
do ser humano que está sempre anestesiado de algum sentimento fraterno. Quer
ter o prazer de gozar da desgraça alheia. Triste.
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