“(...) o
bolchevismo surgiu em 1903 sobre a base muito sólida da teoria e do marxismo
<...> Ao longo de cerca de meio século, aproximadamente dos anos 40 aos
anos 90 do século passado, o pensamento avançado na Rússia, sob o jugo de um
czarismo inauditamente selvagem e reacionário, procurou avidamente uma teoria
revolucionária justa, seguindo com um zelo e um cuidado admiráveis cada “última
palavra” da Europa e da América neste campo. Foi verdadeiramente através de
duras provações que a Rússia descobriu a única teoria revolucionária justa,
através de uma história de meio século de sofrimentos e sacrifícios inauditos,
de heroísmo revolucionário nunca visto, de energia e abnegação incríveis de
pesquisa, de estudo, de experimentação na prática, de desilusões, de
verificação, de comparação com a experiência da Europa. Graças à emigração
provocada pelo czarismo, a Rússia revolucionária possuía na segunda metade do
século XIX uma riqueza de relações internacionais e um conhecimento tão
excelente das formas e teorias mundiais do movimento revolucionário como nenhum
outro país do mundo (...)”, Vladimir Lênin em abril/maio de 1920
A
Grande Revolução Bolchevique Russa de Outubro de 1917, que influencia todo o
mundo moderno, explodiu com a desigualdade social, econômica, política e
religiosa causada pela Revolução Industrial dos séculos XVII e XVIII e pelas revoluções
comerciais (colonizações europeias) dos séculos XV e XVI. A passagem do ser
humano do âmbito do trabalho manual para o nível do trabalho dito intelectual
provocou desemprego em massa no século XX. A partir de 1920, as migrações se
intensificaram e transformaram o trabalhador rural em pequenos e médios
proprietários e em profissionais liberais. Quem permaneceu no campo nessa época
resistiu às secas e à violência dos grandes proprietários rurais, aliados a
perversas alianças de multinacionais. Só para se ter uma ideia de como o
capital especulativo e estrangeiro foi e é cruel, o leite em pó surgiu em 1920
com tramoias financeiras do presidente Epitácio Pessoa, da República Velha (1889-1930).
O
capitalismo distorce tanto os fatos históricos que considerou no filme “Adeus,
Lênin!” (na verdade, seria “Adeus, Gobarchev!”), sobre a queda provocada do
Muro de Berlim construído em 1961 e derrubado em 1989 sob o governo do
capitalizado Prêmio Nobel da Paz do multicultural, estadunidense e econômico,
Mikhail Gobarchev!, a volta da Coca-Cola na Alemanha Oriental como uma vitória
burguesa! Lorota! A Coca-Cola, só no Brasil, existe desde 1939 no governo do
estadista e fascista gaúcho Getúlio Vargas. Mais balela ainda a história
burguesa. O presidente golpista Vargas dava inventivos fiscais a multinacionais
que se instalassem no Brasil e cobrava mais impostos dos pequenos e médios
empresários, como aconteceu com o dito governista Juscelino Kubistchek e com a
liberalizante Ditadura Civil-Militar de 1º de abril de 1964 a 1985 e acontece
hoje na dita democracia brasileira. A Coca-Cola também mantinha relações com a
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Pasmem!
Uma
empresa que tentou solapar o império vermelho do xarope Coca-Cola foi a
Pepsi-Cola, do presidente estadunidense, ator de cinema e fascista profissional,
Ronald Reagan. Até as igrejas foram consideradas pela Agência de Segurança dos
Estados Unidos da América do Norte como as maiores multinacionais existentes no
mundo, de acordo com a biografia “Sua Santidade João Paulo II e a história
oculta de nossos tempos”, de Carl Bernstein e Marco Politi.
Nestes
tempos pós-modernosos, vivemos outra grande crise cíclica da sociedade
capitalista, iniciada em 2008 com a sucessão de falências de instituições
financeiras nos Estados Unidos e na Europa, passando pela Ásia e prevista para
terminar em 2018, curiosamente em uma Copa do Mundo realizada na Rússia. A Revolução
Tecnológica ao qual o homem e a mulher se submetem na contemporaneidade
incentiva o desemprego, ou a libertação do ser humano. O capitalismo ainda
alimenta, em suas entranhas, em pleno século XXI, relações comerciais antigas,
como as permutas e o arrendamento. É conversa pra boi dormir insistir que o
capitalismo traz o progresso universal.
Quando
a crise econômica aperta, os ideólogos burgueses preferem sempre optar por
medidas draconianas de arrocho salarial, trabalho clandestino e alternativas
esportistas como o voluntarismo inocente ou hipócrita nos rentáveis megaeventos
esportivos Copa do Mundo, Olimpíadas e similares. Estes servem mais para
assassinar seres humanos do que reformar e restaurar o capital falido de opções
grotescas.
“(...) Anos de
reação (1907-1910): O czarismo venceu. Foram esmagados todos os partidos
revolucionários e de oposição. Abatimento, desmoralização, cisões,
divergências, renegação, pornografia em vez de política. Reforço da tendência
para o idealismo filosófico; misticismo como disfarce de um estado de espírito
contra-revolucionário. Mas, ao mesmo tempo, é precisamente a grande derrota que
dá aos partidos revolucionários e à classe revolucionária uma verdadeira lição
extremamente útil, uma lição de dialética histórica, uma lição de compreensão,
destreza e arte para travar a luta política. É na desgraça que se conhecem os
amigos. Os exércitos derrotados aprendem bem (...)” Vladimir Lênin em abril/maio
de 1920
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