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Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

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domingo, 27 de agosto de 2017

Entretenimento em Montes Claros se limitava a cosmoramas ambulantes em fins do século XIX

CINEMAS

Antes do cinema tivemos aqui um cosmorama ambulante que se instalou no prédio primitivo da Escola Normal, onde hoje está o Hotel São Luís.
Pertencia a Antônio Soares Taveira. Apresentava vistas da Europa. Pagava-se 500 réis para se ver a coleção completa. Isso foi no fim do século passado. Já pelo ano de 1912, mais ou menos, Elpídio Freire instalou o seu cineminha ambulante no velho chalé, situado atrás do sobrado que pertencia a Dr. Marciano Alves Maurício. Mas, em 1914, Cocó (Joaquim Rabelo Júnior) e Jaime Rebelo montaram um cinema fixo no prédio já demolido no local onde hoje está o Café Soberano, rua Simeão Ribeiro, esquina Lafetá. Entrada: dez tostões. Em todos os muros se via letreiros como este: “Faça suas compras na Casa Cocó e... guarde o seu mil réis para o Cinema Recreio”; além dessa propaganda intensa nos muros, João da Mata – um dos tipos populares da época – saía pelas ruas com um cartaz e com uma caixa, anunciando o cinema; e os bilhetes eram oferecidos no domicílio, de casa em casa. Apesar disso, a freqüência deixava muito a desejar e o Cinema Recreio fechou as portas, porque estava dando prejuízo. Reabriu em 1917 com o nome de Cine Ideal, fechando logo depois.
Somente em julho de 1921 foi inaugurado o Cine Teatro Renascença, em prédio próprio – um barracão, com bancos compridos, existente até hoje; construído por Geminiano Veloso e pertencente a uma sociedade; o cinema foi explorado por Leopoldo Laborne e Cocó. Assistência regular, embora continuasse adotando o mesmo sistema de propaganda com cartaz e caixa pelas ruas. Êsse cinema mudou de vários donos e passou a chamar Cine Montes Claros. Atualmente não funciona, estando o seu prédio ocupado pelos estúdios da ZYD-7.
Em 1926, João Demicheli instalou apressadamente um cinema Pathé Baby, em prédio onde hoje está o Correio, na praça Dr. Chaves. Durante as sessões vendiam-se aos freqüentadores “casquinhas” de sorvetes a quinhentos réis cada – uma novidade... Como os filmes não agradavam, o Pathesinho teve pouca vida.
Em julho de 1931, inaugurou-se o Cine Metrópole, em prédio próprio, de propriedade de Benedito Gomes, tendo na Gerência Mário Lunardi. Mais tarde êsse cinema foi vendido para os proprietários do Cine Montes Claros – viúva Paculdino & Filho – e passou a se denominar Cine São Luiz, nome conservado até hoje.
Em 23 de dezembro de 1944 foi inaugurado o Cine Cel. Ribeiro. Proprietários: Cel. Filomeno Ribeiro e Mário Lunardi. O nome foi escolhido por concurso popular e constituiu uma homenagem a Cel. Francisco Ribeiro dos Santos.
Atualmente os sócios estão em litígio e o cinema é dirigido pelo Sr. Armando Costa, gerente do Banco Comércio e Indústria, nomeado pelo Juiz de Direito, até que se decida a questão.
Em 1944 a Emprêsa Paculdino construiu mais um cinema (Cine Ipiranga), na rua Melo Viana.
Em 1954 o Dr. Mário Ribeiro da Silveira adquiriu o Cine Cel. Ribeiro, que sofreu substanciais reformas, incluindo nova e moderna aparelhagem de Cinemascope, inaugurado em julho de 1955. Em princípios de 1955 foi inaugurado o Cine Nova Olinda, à Avenida Ovídio de Abreu, propriedade do Dr. Mário Ribeiro, o qual conta também com cinemascope.  


Fonte: “Montes Claros: sua história, sua gente, seus costumes”, organizado pelo médico, historiador e folclorista Hermes Augusto de Paula, edição de 1960  

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