Nem tudo que reluz é ouro
MODINHA CULTURAL - Em se tratando de trechos do livro "Cem Anos de Solidão", de Gabriel Garcia Marques, como você prosseguiria este período?
(...) "Mas o prolongado cativeiro, a incerteza do mundo, o hábito de obedecer tinham ressecado em seu coração as sementes da rebeldia." (...)
O jovem transformava tudo que ele pegava em ouro. Transformava o limão em limonada. A casa escura em que vivia era toda dourada. Talvez por isso sua madrasta, que na verdade era a sua avó, nunca o deixou sair na rua do arraial. Ele vivia escondido de todos. Dormia em um quarto pequeno e tentava decifrar manuscritos do seu tatatatatataravô.
Acordava cedo para fazer o café da sua madrasta, que era fina como uma verdadeira donzela. Um dia, tomou coragem e perguntou-a se podia sair para ir à livraria. A madrasta nem titubeou e respondeu-o que não. Ela trancou todas as portas. Ninguém entrava ou saía. Havia mantimentos suficientes na casa para vários meses.
Mas o jovem desobedeceu a sua madrasta pela primeira vez na vida. Viu um feixo de luz na parte do telhado que dava para o seu quarto. Haviam umas telhas quebradas. Ele pegou uma escada e saiu por uns instantes. Foi à livraria, na verdade, um sebo. Olhou os livros. Pegou-os. Perguntou ao senhor que o atendia quanto custavam cada um.
O senhor disse que ele poderia levar os livros de graça. As últimas pessoas que tiveram coragem de lê-los participaram da criação deste arraial. Muito feliz, o jovem voltou preocupado para casa com medo de que sua madrasta tivesse sentido a sua falta. Mal notou ele que todo o caminho percorrido naquela desobediência se transformou em ouro.
(...) "Mas o prolongado cativeiro, a incerteza do mundo, o hábito de obedecer tinham ressecado em seu coração as sementes da rebeldia." (...)
O jovem transformava tudo que ele pegava em ouro. Transformava o limão em limonada. A casa escura em que vivia era toda dourada. Talvez por isso sua madrasta, que na verdade era a sua avó, nunca o deixou sair na rua do arraial. Ele vivia escondido de todos. Dormia em um quarto pequeno e tentava decifrar manuscritos do seu tatatatatataravô.
Acordava cedo para fazer o café da sua madrasta, que era fina como uma verdadeira donzela. Um dia, tomou coragem e perguntou-a se podia sair para ir à livraria. A madrasta nem titubeou e respondeu-o que não. Ela trancou todas as portas. Ninguém entrava ou saía. Havia mantimentos suficientes na casa para vários meses.
Mas o jovem desobedeceu a sua madrasta pela primeira vez na vida. Viu um feixo de luz na parte do telhado que dava para o seu quarto. Haviam umas telhas quebradas. Ele pegou uma escada e saiu por uns instantes. Foi à livraria, na verdade, um sebo. Olhou os livros. Pegou-os. Perguntou ao senhor que o atendia quanto custavam cada um.
O senhor disse que ele poderia levar os livros de graça. As últimas pessoas que tiveram coragem de lê-los participaram da criação deste arraial. Muito feliz, o jovem voltou preocupado para casa com medo de que sua madrasta tivesse sentido a sua falta. Mal notou ele que todo o caminho percorrido naquela desobediência se transformou em ouro.
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