ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O fogueteiro

Estavam no Cintra desde as dezessete horas. Acompanharam todo o desfile dos marujos, catopês e caboclinhos, a plebe do império, durante a noite de dezoito de agosto de dois mil e dezessete. Era a primeira vez que se animavam a seguir essa procissão. A cada esquina um rojão era solto para comemorar a fé no Divino Espírito Santo. Atravessaram o Córrego do Cintra, o Bairro Roxo Verde e o Centro. A bandeira do Divino era festejada com autêntica religiosidade popular. Perto da Catedral, explosões de mais rojões. Viva o Divino Espírito Santo! Os festeiros aplaudiam e seguiam caminhando cortejados pelos marujos, catopês e caboclinhos. Na chegada à igreja Nossa Senhora do Rosário, um rapaz e uma moça chegam perto do fogueteiro e apagam a vela que acendia os rojões. Sem reação. Um mototaxista empresta um isqueiro e a vela é novamente acesa. O fogueteiro procura um local mais adequado para soltar seus rojões e queima as duas últimas explosões ao Divino Espírito Santo. E a vela, outrora apagada, iluminou os céus da cidade.

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