Ele passou a jogar O Desafio da Baleia Azul ao saber que os 200 participantes daquele grupo nazi-fascista de whatsapp invejavam a sua vida. Com apenas 19 anos, o garoto já era bem casado. Sustentava a casa com a sua simbólica profissão de carpinteiro.
Ela, sua mulher, ajudava-o trabalhando fora de casa. Era doméstica. Há um mês, tiveram uma linda filha. A bebê só dormia quando o pai chegava. Enquanto não dormia, a mãe a colocava no colo, balançava-a, mas nada da neném dormir.
O jovem carpinteiro fez a besteira de compartilhar uma foto da sua família em uma rede social popular. Recebeu elogios. Aos poucos, soube que aqueles elogios vinham carregados de inveja. Cada um daqueles adolescentes aspiravam à vida adulta rápido demais.
Os insucessos eram frequentes. Em um país chamado Brazil SA Multinacional, a motivação dos jovens estava mais no trabalho do que nos estudos. Ler um livro hoje em dia é tarefa árdua. Somos leitores de títulos e consumidores de Big Brothers.
A inveja do grupo aquele jovem trabalhador gerou ira. O carpinteiro arranjava tempo para ler a Bíblia e o Alcorão com a intenção de unir mulçumanos e cristãos pelo mundo. Mal sabia ele que a frieza da tecnologia era pior do que o acolhimento das religiões a pessoas oprimidas.
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