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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Dell'Olio: conversão na Igreja diz respeito a todos, pastores e fiéis

Dell'Olio: conversão na Igreja diz respeito a todos, pastores e fiéis

"Papa Francisco nos pede um caminho de conversão", afirma por sua vez o fundador da Comunidade monástica de Bose, Enzo Bianchi

Queridos irmãos e irmãs, somo chamados pelo bastimo uma missão na Igreja e no mundo. Se houver alguém precisando de nós e sabemos que há muitos então devemos ser uma Igreja em movimento e misturada no povo. Isto nós chamamos de encarnação da realidade do povo sofrido que grita, precisando de ajuda. 

A Igreja deve ouvir a voz do pobre que clama por justiça e partilha. É gritante a ostentação dos rico que são muitas vezes insensíveis pelo problema dos excluídos e sem voz nesta sociedade individualista, materialista e narcisista. 

Devemos ser humildes e despojado de si para ser a favor dos que mais sofrem nesse mundo. Jamais podemos esquecê-los, pois eles são nossos irmãos e irmãs que pedem a nossa ajuda para que possam ter oportunidades de vida em abundancia prometida por Jesus. Ele nos ensinou que não há  comunidade se partilha do pão, pois o que é meu é também do outro a fim de que todos tenham lugar no banquete da vida. (Bacharel em Teologia e filósofo José Benedito Schumann Cunha)


Assis (RV) - “A Igreja em saída para ser encarnada, vivida e proposta precisa de um autêntico processo de conversão que diz respeito a todos, pastores e fiéis.” Foi o que disse o presidente da Pro Civitate Christiana, Tonio Dell’Olio, no âmbito do 75º Curso de estudos cristãos, realizado dias atrás na cidadezinha de Assis – região italiana da Úmbria.

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Com o intento de elaborar reflexões e propostas provenientes das múltiplas expressões da Igreja e da sociedade italiana, a edição deste ano buscou traduzir em escolhas concretas e duradouras a riqueza e a profundidade do ensinamento de Francisco.

Olhando para o magistério do Papa Francisco, Dell’Olio fez votos de que este estilo eclesial se possa radicar evangelicamente até tornar-se expressão de toda comunidade e contagiar todo setor do humano, do social, do ecumenismo e do político.

Também o bispo de Assis-Nocera Umbra-Gualdo Tadino, Dom Domenico Sorrentino, em seu pronunciamento apresentando as saudações de sua diocese, recordou – olhando para o exemplo de Francisco – que somente uma Igreja despojada pode ser capaz de futuro.

Sobre a necessidade deste processo de “espoliação”, o fundador da Comunidade ecumênica de Bose, Enzo Bianchi, evocando o exemplo de São Francisco de Assis, fez votos de uma “simplificação externa da vida pontifícia e do desmantelamento da corte terrena”.

Enzo Bianchi quis recordar que “em 75 anos estes cursos da Pro Civitate Christiana ajudaram a Igreja italiana a crescer, lendo os sinais dos tempos”.

O primeiro discernimento que o religioso fez em seu pronunciamento foi o de que o “Papa Francisco abriu um clima de maior liberdade na Igreja – alguns medos foram aplacados –, aquele mesmo clima que o Papa Paulo VI havia pedido e almejado”.

Sobre as críticas ao Papa Bergoglio, Bianchi reconheceu: “Existem alguns grupos na Igreja que não se limitam a uma crítica respeitosa, mas têm uma atitude de contraposição e contestação não ao Papa, mas à pessoa de Bergoglio, que destrói a comunidade e a própria Igreja. Essa postura de deslegitimar não tem precedentes na história da Igreja nos últimos séculos”.

“O Papa Francisco tem um estilo capaz de mudar a simbologia do papado e quer iniciar o processo de reforma como ele mesmo reconheceu. Ele é capaz de humilhar-se em prol da unidade da Igreja e irá aonde os outros lhe solicitarem”, observou ainda o fundador da comunidade monástica.

“É preciso evidenciar o esforço do Papa Francisco de levar a cumprimento o Concílio Vaticano II e a vontade de instaurar uma cultura do diálogo, um exercício da escuta e abrir a uma conversação que leve ao confrontar-se e que não busca humilhar e deslegitimar o oponente. O Papa Francisco manifesta uma urgência jamais tão sentida: incluir homens e mulheres e não excluir ninguém dos percursos da Igreja”, continuou Enzo Bianchi.

O fundador de Bose concluiu: “Aquilo que o Papa Francisco nos pede é um caminho de conversão. Mas somos capazes dessa conversão?” – interpelou o religioso ousando uma previsão: “Se o Papa Francisco busca os caminhos do Evangelho, encontrará a rejeição das forças anticristãs prontas a contrastá-lo”. (RL)

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