ALVORADA

O SOL NASCE NO LESTE (VOSTOK) E PÕE-SE NO OESTE (EAST)

Frase

"(...) A história se repete: a primeira vez como tragédia. A segunda e outras vezes como farsa da tragédia anunciada. (...)" Karl Heinrich Marx (05/05/1818-14/03/1883)

Fatos

Gripe espanhola-estadunidense no início do século XX... Coronavírus no início do século XXI... Barragem de rejeitos minerários arrasa Mariana-MG em 05/11/2015... Barragem de rejeitos minerários arrasa Brumadinho-MG em 25/01/2019... Anderson Gomes e Marielle Franco são executados no Rio de Janeiro-RJ em 14/03/2018... Médicos ortopedistas são executados com 30 tiros em 30 segundos em restaurante na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro-RJ... (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...) (...)(...) (...) (...)(...) (...) (...) E por aí vai...

terça-feira, 5 de setembro de 2017

VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ...

A expressão musical é conhecida pelo trabalhador brasileiro (“povo” agora é uma palavra de significado muito vago). Talvez seja por isso que não se permita uma reflexão mais aprofundada sobre ela, que se parece muito com aquela letra da música “Tô nem aí... Tô nem aí...”. Mas um livro, apesar do autor insistir que é de ficção, faz uma análise crítica, realista e irônica do que acontece ou ocorre (tem gente que distingue esses dois verbos) hoje no mundo.

O livro é “O Seqüestro da Amazônia - sexo, drogas e ecologia (ou O Casamento de Nietzsche com Foucault no Inferno Verde)”, do professor Leovegildo Pereira Leal, Belo Horizonte, 2006, 1ª Edição. Adquiri o livro em 31 de julho e terminei de lê-lo ontem, ou acho que já era hoje, pois, quando fui dormir, já era mais de meia-noite.

Capa e projeto gráfico: José Augusto Filho
Ilustração de capa: Rodrigo Spotorno

Com “fino” humor, o professor Leovegildo critica o individualismo selvagem de nossos dias. Eu mesmo já CANSEI de cantar essas expressões em muitos momentos festivos, de raiva e de ignorância minha. Como o Leovegildo (olha a sacanagem, gente... sem duplo sentido, falô?) ensinava nas aulas de Teoria da Comunicação III, parece que os efeitos do sistema em que vivemos atualmente entram pela pele sem fazer a gente sentir dor, mas que fazem a gente sofrer muito.      

“Um grita em falsete: mais pó!, no que é acompanhado por um inesperadamente bem afinado coro. Mais pó! Mais pó! E veio mais pó, agora entregue por garçons e garçonetes em pequenos saquinhos plásticos de 200 gramas. A temperatura se aproxima da fervura. E a fervura é finalmente atingida quando alguém pede ao maestro a música que se tornou em todo o país o símbolo maior do tempo-pós nas medianas mentes: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz...”. Esse é um trecho da página 121 de “O Seqüestro da Amazônia”.

Quem quiser adquirir o livro, ele pode ser encontrado - a R$ 30,00 -, no “Café da Travessa Livraria”, Avenida Getúlio Vargas, 1405, Praça da Savassi, Belo Horizonte. O telefone é (31) 3223-8092 e o e-mail cafedatravessabh@yahoo.com.br. 

“Leovegildo Pereira Leal, casado, dois filhos, é mineiro de Itamarandiba, criado em Teófilo Otôni. Acaba de fazer 60 anos. Jornalista e professor, é mestre em História e doutor em Sociologia Política. Este é o seu primeiro trabalho de ficção. Por último e mais importante: é comunista”. Claro! Graças a Deus!

Leovegildo foi meu professor em 2000 e ministrou a disciplina de Teoria da Comunicação III, quando ainda eu era estudante de Jornalismo. Participei também da Oficina de Texto em Jornalismo Impresso, ministrada por ele, na 1ª Semana de Comunicação Social da Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec), hoje Universidade. Sem contar que o Leovegildo foi um dos avaliadores da monografia da qual participei ao lado de mais três colegas.

diniz_pinto@hotmail.com
João Renato Diniz Pinto - jornalista
Montes Claros (MG) 

[terça-feira, 07 de agosto de 2007]


Nenhum comentário: